Em SC, Bolsonaro diz que não vai vacinar filha de 11 anos contra coronavírus 1xs2m

Ao desembarcar em São Francisco do Sul para Ano-Novo, presidente Jair Bolsonaro disse: “Não vêm morrendo crianças que justifiquem uma vacina” 1j2v3r

Na chegada a São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que as mortes de crianças por Covid-19 não justificam a adoção de uma vacina contra a doença. Bolsonaro também informou que não vai imunizar sua filha Laura, de 11 anos.

Michelle e Jair Bolsonaro – Foto: Alan Santos/Divulgação/NDMichelle e Jair Bolsonaro – Foto: Alan Santos/Divulgação/ND

“Não vêm morrendo crianças que justifiquem uma vacina”, disse. “Minha filha não vai se vacinar, vou deixar bem claro”, acrescentou. Na última quinta-feira, 23, Bolsonaro disse em live que iria discutir com a primeira-dama Michelle se iria vacinar Laura.

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Bolsonaro também declarou nesta segunda-feira que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga divulgará uma nota no próximo dia 5 “sobre como acha que devem ser vacinadas crianças”. “Espero que não haja interferência do Judiciário”, declarou o presidente.

“A questão da vacina para crianças é uma coisa muito incipiente ainda. O mundo ainda tem muita dúvida”, acrescentou, sem apresentar provas ou citar o apoio de cientistas e da Anvisa à imunização da faixa etária.

Ele ainda citou um suposto estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), a Anvisa americana, que apontaria riscos de miocardite e consequente transplante de coração em crianças vacinadas.

Em seguida, o presidente fez declarações sobre a pandemia descoladas da ciência. Afirmou que a imunidade natural é melhor que a vacinal, o que já foi desmentido por especialistas, e que todas as pandemias terminaram com “imunidade de rebanho”, termo que não considera o surgimento de variantes mais infecciosas e letais.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 2.500 pessoas de zero a 19 anos já morreram por covid-19, sendo mais de 300 delas no grupo de 5 a 11 anos – justamente o que aguarda a liberação do governo para ser vacinado com as doses pediátricas da Pfizer.

Diferentemente do Brasil, outros países já vacinam crianças nesta faixa etária.

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