A estudante norte-americana Molly Smith, de 21 anos, começou a sentir dormência nas mãos e nos pés, mas não achou que fosse algo com que se preocupar.
Ela esperou um mês antes de consultar seu médico que pensou ser um sintoma estranho, devido à ansiedade ou à falta de ingestão de água suficiente, uma vez que estava saudável. Mas isso logo se revelou um câncer de ovário.

Porém Molly, que estava com 20 anos, sabia que no fundo essa dormência era algo mais sério.
“A dormência era tão forte que estava afetando minha capacidade de andar e dançar, e eu não tinha certeza se recuperaria a sensibilidade”, disse ela à revista Newsweek.
“Eu sabia no meu íntimo que tinha que haver uma explicação e que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para descobri-la.”
Após ar meses visitando médicos para tentar descobrir o que havia de errado, a estudante da Universidade de Yale, Molly Smith recebeu um diagnóstico não oficial de síndrome do túnel do carpo, onde a pressão sobre um nervo do pulso causa dor e dormência na mão e nos dedos.
Não convencida, ela pediu para consultar um neurologista. Após meses de idas e vindas, um ultrassom identificou um cisto ovariano, uma bolsa cheia de líquido.

A princípio disseram que o problema da estudante era benigno e que ela deveria esperar três meses para ver se desapareceria por conta própria. Porém aos 21 anos, após mais exames, ela foi diagnosticada com câncer de ovário.
A estudante norte-americana de New Haven, em Connecticut, nos Estados Unidos, escreveu em um post de blog para o Yale News: “Recebi um telefonema que mudou minha vida.
“Em questão de segundos, senti como se estivesse fora do meu corpo. Foi quase cômico. “Então eu chorei. A mágoa e a raiva finalmente começaram a sair de mim”.
Cirurgia para remoção de câncer 382w2r
Molly Smith ou por cirurgia para remover o tumor em janeiro do ano ado. Ela fez também três três rodadas de quimioterapia, e agora está em remissão.
Mas ela quer usar sua história para incentivar outras pessoas a pressionarem por respostas caso não estejam satisfeitas com as explicações que estão recebendo.
“Não fui ouvida porque sou jovem e não tenho problemas médicos prévios, então tive que implorar para que três médicos me levassem a sério”, disse Molly Smith.
“Estou muito feliz por ter feito isso porque tive a sorte de descobrir o câncer quando ele estava em estágio um”. E continuou: “Entendo que a maioria dos médicos não faria a conexão entre neuropatia e câncer de ovário, mas ignorar minhas preocupações é inaceitável”.
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No início de 2024, Molly Smith lançou a Mission Mariposa, uma organização sem fins lucrativos que visa capacitar jovens e educá-los sobre o câncer.

Em um vídeo na internet, ela disse: “Se os médicos estão ignorando suas preocupações e você sente no seu íntimo que há algo errado e precisa procurar mais respostas, você tem que ser a pessoa que defende a si mesma”.
O câncer de ovário afeta principalmente mulheres com mais de 50 anos, mas pode acontecer em qualquer idade.
Cerca de 7.500 pessoas são diagnosticadas com a doença todos os anos. Há cerca de 4.100 mortes por câncer de ovário anualmente, sendo 11 por dia.