A diabetes gestacional ainda assola muitas mães ao redor do mundo e o portal ND Mais separou algumas dicas para ajudar as gestantes com a doença.
A condição metabólica é causada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gestação, podendo acarretar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê a curto, médio e longo prazo.
Diabetes gestacional tem sintomas comuns como inchaço e aumento de peso – Foto: Reprodução/Unsplash/NDNos últimos anos, observa-se um aumento na incidência dessa condição, muitas vezes agravada por hábitos alimentares inadequados e pelo sedentarismo.
Segundo a Dra. Alessandra Rascovski, endocrinologista e fundadora da Clínica Rascovski, a diabetes gestacional é diagnosticada em mulheres que não apresentavam hiperglicemia antes da gravidez, sendo mais comum em mulheres com idade acima de 35 anos, sobrepeso ou obesidade, e histórico familiar de diabetes.
Em alguns casos, pode ocorrer em gestantes com síndrome do ovário policístico ou com histórico de bebês nascidos grandes ou com excesso de líquido amniótico em gestações anteriores.
É importante ressaltar que os sintomas mais comuns, como inchaço e ganho de peso, são comuns durante a gestação, o que pode dificultar o diagnóstico precoce da doença. Por isso, exames periódicos são fundamentais.
Exame precoce é muito importante, relata médica – Foto: Hospital Santo Antônio/Reprodução/NDO diagnóstico é feito por meio de exame de sangue em jejum, e segundo as novas diretrizes, índices de glicose acima de 92mg/dl indicam a necessidade de cuidados especiais. O pré-natal desempenha um papel crucial na detecção precoce e no tratamento adequado dessa condição.
A Dra. Rascovski destaca a importância da curva glicêmica entre a 24ª e 28ª semana de gestação. Com um diagnóstico precoce, é possível controlar a doença por meio de dieta adequada, atividade física e, se necessário, uso de insulina. Dessa forma, a gestante pode desfrutar de uma gravidez saudável e segura.
Como ocorre j4r7
Para garantir que o bebê receba a quantidade de glicose necessária para o desenvolvimento saudável, a placenta produz hormônios que ajudam a filtrar excessos.
No entanto, eles atrapalham a ação da insulina no corpo da mãe. Para compensar, o pâncreas libera mais insulina. Essa ação é suficiente para a gestação ocorrer normalmente na maioria das mulheres.
No diabetes gestacional, o pâncreas não produz insulina para compensar a ação dos hormônios placentários, o que caracteriza a hiperglicemia, isto é, os níveis elevados de açúcar no sangue.
Riscos da diabetes gestacional 194z2a
O rastreamento e o diagnóstico precoce são essenciais para prevenir as complicações que podem atingir tanto a mãe quanto o filho. Caso a intervenção não seja feita, a mãe corre o risco de ter piora em quadros de hipertensão, ter um parto prematuro, desenvolver diabetes no futuro e de sofrer aborto.
Já para o bebê, a exposição a níveis elevados de glicemia e insulina durante a gestação pode gerar uma predisposição à obesidade, maiores chances de desenvolver diabetes na infância e na fase adulta e o crescimento desproporcional de alguns órgãos.
“Diabetes gestacional é uma condição que pode ser tratada e controlada. Com cuidados adequados, a mulher pode ter uma gravidez saudável e um parto seguro”, finaliza Alessandra Rascovski.
