Dezembro Vermelho: mulher pegou HIV de namorado que ‘tirava’ camisinha durante o sexo n5u6n

Dezembro Vermelho é o mês de referência ao combate ao HIV/AIDS e trata sobre a importância do assunto para toda a população 485j2d

O Dezembro Vermelho é conhecido como o mês para alertar e conscientizar sobre formas de contágio e tratamento do HIV/Aids e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis. E neste dia 1° o portal ND+ separou uma história digna de filme, daquelas que podem dar uma grande reviravolta, para te mostrar a importância da prevenção.

Dezembro vermelho: HIV e a prevenção contra a doença Dezembro vermelho luta contra o HIV – Foto: Unsplash/Divulgação/ND

Não usar camisinha, é amor? 2wf5p

O “amor” nos implica em confiança, contato, conexões e, muitas vezes, essa confiança é e muito quebrada. Sigmund Freud, por exemplo, nos falava que era preciso de evidências para que haja confiança, no entanto, quando se trata de uma infecção sexualmente transmissível, essa confiança nunca deve estar em questão.

A afirmação é de Regina Valim, médica infectologista e gerente de Vigilância das IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), Aids e Hepatites Virais, da DIVE/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina). Ela relembra: para prevenção, é preciso de camisinha.

Letícia de Assis, de 46 anos, e moradora de Florianópolis, namorava com um homem que, em sua mente, era o cara “perfeito”. No entanto, o relacionamento, aos poucos, não andava bem.

O homem, que sempre se disse “tradicional”, não aceitava usar preservativos e por vezes os tirava em meio à relação. A prática é chamada de  “stealthing”. A ação acontece sem o consentimento da outra pessoa e pode caracterizar o crime de violação sexual mediante fraude, descrito no artigo 215 do Código Penal.

Assis descobriu a doença há sete anos, e em conversa ao podcast Diversa+ no ano ado, já contou que, apesar do pequeno problema no começo na adaptação dos remédios conhecidos como “antiretrovirais” a medicação ainda é, e sempre será, a melhor opção.

Dezembro vermelho e a prevenção combinada 4mm4f

A infectologista Regina Valim explica que hoje os métodos de prevenção mais utilizados, e eficazes contra as infecções sexualmente transmissíveis.

Essa estratégia envolve a combinação de diferentes métodos de prevenção para aumentar a eficácia global. A prevenção combinada reconhece que nenhuma estratégia única é completamente eficaz por si só, mas a combinação de várias abordagens pode ser mais eficiente na redução do risco de transmissão.

Alguns dos principais componentes da prevenção combinada incluem: 3j4r3x

Uso de Preservativos: O uso consistente e correto de preservativos durante a atividade sexual é uma medida fundamental para prevenir a transmissão do HIV e outras ISTs.

Testagem e Aconselhamento: Realizar testes regulares para o HIV e outras ISTs é uma parte importante da prevenção combinada. O conhecimento do status sorológico permite o início precoce do tratamento e adoção de medidas preventivas.

Tratamento como Prevenção: O tratamento antirretroviral (TARv) para pessoas vivendo com o HIV não apenas melhora a qualidade de vida, mas também reduz significativamente a transmissão do vírus. Quando uma pessoa com HIV segue corretamente o tratamento, a carga viral pode ficar indetectável, diminuindo o risco de transmissão.

A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) são duas estratégias diferentes de prevenção do HIV, destinadas a pessoas em situações específicas de risco.

Tratamento para HIVPrEP é um medicamento anti-HIV, tomado de forma programada para evitar uma infecção pelo HIV caso ocorra uma exposição – Foto: Prefeitura de Murici/Divulgação/ND

PrEP (Profilaxia Pré-Exposição): i1ql

O que é: A PrEP envolve o uso regular de medicamentos antirretrovirais por pessoas que não têm o HIV, mas que estão em maior risco de contrair o vírus.

Como funciona: Ao tomar esses medicamentos regularmente, a PrEP ajuda a bloquear a replicação do HIV no organismo, reduzindo a chance de estabelecer uma infecção se houver exposição ao vírus.

Uso: Geralmente, a PrEP é istrada na forma de um comprimido oral diário. Existem também protocolos alternativos, como a PrEP sob demanda, dependendo das circunstâncias e orientações médicas.Indicação: Recomendada para pessoas em situações de alto risco, como casais sorodiscordantes, profissionais do sexo, pessoas que injetam drogas e outras populações vulneráveis.

PEP (Profilaxia Pós-Exposição): j6rp

O que é: A PEP é uma estratégia de prevenção do HIV destinada a pessoas que foram expostas ao vírus, geralmente em situações de exposição de risco ocupacional, acidentes com agulhas ou relações sexuais desprotegidas com um parceiro soropositivo ou de status desconhecido.

Como funciona: Consiste no uso de medicamentos antirretrovirais por um curto período de tempo (geralmente 28 dias) após a exposição ao HIV, com o objetivo de impedir a infecção.

Uso: Deve ser iniciada o mais rápido possível após a exposição, idealmente nas primeiras 72 horas, pois sua eficácia diminui com o tempo.

Indicação: Recomendada em situações de exposição recente ao HIV, como acidentes ocupacionais, violência sexual ou relações sexuais desprotegidas com um parceiro de alto risco.

A informação e a educação sobre práticas sexuais seguras, redução de riscos e tomada de decisões conscientes são componentes essenciais da prevenção combinada.

A prevenção combinada reconhece a diversidade de situações e comportamentos, adaptando as estratégias de prevenção para atender às necessidades específicas de diferentes populações e comunidades. Essa abordagem holística visa abordar os fatores biológicos, comportamentais e sociais que contribuem para a disseminação do HIV.

Vivendo com HIV 3i71b

“Dá pra viver bem com HIV? Sim! Com certeza! Quando se adere ao tratamento direitinho, se fica indetectável e a vida segue normalmente. Mas não dá pra banalizar o vírus. Recebo comentários assustadores no meu canal, como alguns que falam do desejo em contrair o HIV para poder se aposentar”, explica.

Segundo a comunicadora, não dá para banalizar o vírus e isso é um dos grandes perigos sobre o assunto, além, claro, do preconceito em torno de quem tem a doença.

“É horrível perceber pessoas querendo portar um vírus que, sem tratamento, pode levar ao óbito com muita facilidade. Por isso, minha luta é pelo combate ao estigma e pelo o amplo à informação. Quando mais pessoas souberem como se prevenir, como tratar, o que pode causar a contaminação e como proceder em caso de contágio, mas a gente colabora para que menos pessoas morram de AIDS e sejam infectadas pelo HIV”, elabora.

Os números em Santa Catarina 134f1e

Segundo a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), o Estado tem hoje 47.061 mil pessoas vivendo com HIV em território catarinense. Dentre estas, 99,5% fazem o uso de antirretrovirais, assim, com o tratamento correto, essas pessoas podem se tornar indetectáveis/intransmissíveis para a doença.

Segundo a UNAIDS (Programa das Nações Unidas de Combate à Aids), quando uma pessoa vivendo com HIV alcança a carga viral indetectável, o vírus deixa de ser transmitido em relações sexuais.

Três grandes estudos sobre a transmissão sexual do HIV entre milhares de casais, dos quais um parceiro vive com o HIV e o outro não, foram realizados entre 2007 e 2016. Nesses estudos, não houve um único caso de transmissão sexual do HIV.

Para muitas pessoas vivendo com o HIV, a notícia de que o vírus não pode ser transmitido sexualmente é uma mudança de vida. Além de poderem optar por terem relações sexuais sem preservativo, muitas pessoas vivendo com o HIV e cuja carga viral está suprimida ou indetectável sentem-se libertas de estigmas associados ao fato de viverem com o vírus.

A consciência de que o HIV não mais pode ser transmitido sexualmente pode dar a estas pessoas com carga viral indetectável um forte senso de que elas são agentes de prevenção em sua abordagem perante relacionamentos novos ou já existentes.

Casos por região u1ru

Significado de dezembro vermelho x3f57

O “Dezembro Vermelho” é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do HIV/AIDS. Essa iniciativa visa chamar a atenção para a importância da solidariedade, da prevenção e do combate ao estigma associado ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) e à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

O mês de dezembro foi escolhido para a campanha por ser o mês em que se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, em 1º de dezembro. Durante o Dezembro Vermelho, são realizadas diversas atividades, eventos e campanhas de conscientização em todo o mundo para promover o entendimento sobre o HIV/AIDS, incentivar a realização de testes de HIV, apoiar pessoas que vivem com o vírus e reforçar a importância da prevenção.

A cor vermelha simboliza a campanha e é usada para representar a solidariedade às pessoas afetadas pelo HIV/AIDS e para destacar a urgência contínua de combater a propagação do vírus.

Como começou o Dia Mundial da AIDS 28222n

Segundo a Unaids, fundada em 1988, esta data foi o primeiro dia internacional para a saúde global. Cada ano, agências da ONU, governos e sociedade civil se unem para fazer campanhas em torno de temas específicos relacionados ao HIV, com atividades de conscientização e mobilização para arrecadação de fundos ao redor do mundo.

Data é a primeira a falar do combate ao vírus – Foto: Arquivo/ Agência Brasil/divulgaçâo/ndData é a primeira a falar do combate ao vírus – Foto: Arquivo/ Agência Brasil/divulgaçâo/nd

A fita vermelha  é símbolo universal de conscientização, apoio e solidariedade com as pessoas que vivem com HIV e uma forte simbologia para que este grupo de pessoas se façam ouvidas sobre questões importantes sobre suas vidas.

Importância da celebração do 1º de dezembro 223e6p

Os eventos destacam a situação atual da epidemia. O Dia Mundial da Luta Contra a AIDS permanece tão relevante hoje como sempre foi, lembrando às pessoas e aos governos que o HIV não desapareceu. Ainda há uma necessidade crítica de aumentar financiamento para a resposta à AIDS, para aumentar a consciência do impacto do HIV na vida das pessoas, para acabar com o estigma e a discriminação e para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o HIV.

Teste rápido para HIV no dezembro vermelho Teste rápido pode detectar HIV – Foto: Pedro Ribas/SMCS/Divulgação

Tema atual do Dia Mundial da Luta Contra a AIDS 5c2q2r

O mundo pode acabar com a AIDS, com as comunidades liderando o caminho. Organizações da sociedade civil que vivem com, estão em risco de, ou são afetadas pelo HIV são a linha de frente do progresso na resposta ao HIV. Mas, por diversos fatores, as comunidades estão sendo impedidas em sua liderança.

Falta de financiamento, obstáculos políticos e regulatórios, limitações de capacidade e repressões à sociedade civil e aos direitos humanos de comunidades marginalizadas obstruem o progresso dos serviços de prevenção e tratamento do HIV são alguns desses fatores.

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