Representantes de 182 entidades empresariais enviaram ofício nesta terça-feira (9) ao governador Carlos Moisés (PSL) manifestando preocupação diante da possibilidade de um lockdown total.

“Permaneça firme no intuito de não cogitar o emprego de meios extremos que podem colocar em xeque a sobrevivência de milhões de catarinenses”, diz o texto.
“O fechamento forçado de negócios e o endurecimento de medidas de isolamento (e não distanciamento) social exacerbam o drama social e psíquico dos cidadãos”, argumentam também os empresários.
Entre as entidades estão câmaras de dirigentes lojistas e associações empresariais de municípios de todas as regiões do Estado. Estão na lista, por exemplo, as CDLs de Florianópolis, Blumenau, Criciúma e ville.
Confira trechos do documento:
“À medida que chegam informes no sentido de que o Chefe do Pode Executivo está a sofrer forte pressão proveniente de parcela específica de um contingente de profissionais portadores de privilégios funcionais que o catarinense médio só ousa sonhar, cresce, no seio da população, o receio de uma paralisação linear total e irrestrita das atividades produtivas, com o iminente potencial de gerar prejuízos irreversíveis na sustentabilidade das empresas que ajudam a colocar na mesa de milhões de cidadãos o proverbial e não menos sofrido pão de cada dia.”
“Conforme já tivemos a oportunidade de expor em nossa manifestação anterior, a interrupção pura e simples da atividade produtiva em larga escala seguida de ordens de isolamento doméstico não é medida chancelada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os motivos, somados aos acima expostos, não poderiam ser mais óbvios: a
população socialmente vulnerável é, seguramente, a mais impactada.”
“Se é certo que a Covid-19 afeta a todos, também os afetam medidas desproporcionais e desarrazoadas como lockdowns e congêneres. O debate – e consequentemente, a formulação de políticas públicas de curto, médio e longo prazo –, há de ser conduzido em um equilíbrio de fatores que não podem pender para a devastação social e tampouco para um caos na saúde. Este deve ser, em nosso sentir, o norteador de vossas ações como legatário constitucional dos catarinenses.
Isto posto, a sociedade civil organizada, aqui representada pelas entidades e entes despersonalizados abaixo elencados, reafirmam publicamente o apoio às decisões até aqui tomadas pelo Governo do Estado de Santa Catarina e exortam V.Exa. a fim de que resista a pressões capazes de impor sérios reveses à sobrevivência de quem aqui reside e trabalha.”