Com problema raro no coração, moradora de SC vence prazos de vida e espera por transplante 2r916

Marina Moreira Azambuja, de 30 anos, é natural de Chapecó, no Oeste do Estado e dá uma lição de fé e esperança 5n592q

Imagine acordar todos os dias com um prazo de vida pré-determinado. Foi com essa informação que Marina Moreira Azambuja, de 30 anos, teve que aprender a conviver desde criança. A jovem de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, foi diagnosticada com uma anomalia rara no coração e precisou conviver com as adversidades sem perder o sorriso do rosto e a fé – marcas registradas da jovem.

De bem com a vida e enfrentando cada fase com otimismo e bom-humor, Marina utiliza as redes sociais para motivar as pessoas e trazer mensagens de positividade e esperança. Em seu Instagram @marina.azambuja, compartilha um pouco de sua rotina e mostra a alegria de viver.

Marina Azambuja e o maridoMarina enfrenta as adversidades sempre com um sorriso no rosto. – Foto: Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND

Primeiro diagnóstico 2w5v5w

O primeiro diagnóstico veio com seis meses. Após vários episódios de pneumonia e visitas frequentes ao médicos, os pais de Marina descobriram que ela tinha um sopro no coração. Com um ano, ela ou pelo primeiro procedimento cirúrgico para corrigir o sopro, mas o resultado não foi o esperado e a partir dali as coisas começara – aparentemente – a se complicar.

O diagnóstico seguinte trouxe junto as incertezas da vida. Marina descobriu que sofre de uma arritmia intra arterial aguda. “O meu ventrículo – parte de baixo do coração não se desenvolveu normalmente e tem, hoje, o tamanho ao coração de uma menina de 14 anos. Já o átrio – parte de cima do coração – cresceu muito, mas hoje tem o tamanho normal para uma mulher de 30 anos”, explica Marina.

A arritmia causa um enfraquecimento do órgão o que leva a falência gradativa do coração e, consequentemente, interfere no funcionamento de outros órgãos.

Prazos de vida 3g2r2s

O primeiro prazo de vida dado pelos médicos foi quando Marina tinha apenas 1 ano. A previsão era de que ela viveria até os 8 anos devido aos problemas do coração. O segundo prazo foi até 16 anos, o terceiro até os 21 anos.

Eis que eles estavam enganados. Surpreendendo a todos e indo contra as previsões da medicina, Marina venceu todos os prazos pré-determinados e segue na luta pela vida. “Eu sempre tive convicção de que tudo ficará bem. Tenho certeza que tudo são apenas fases da vida que serão vencidas”, afirma.

Desde que foi diagnosticada, a rotina de Marina ou a ser dividida entre o uso de medicamentos e as visitas aos médicos. Quando tinha 8 anos, enfrentou de maneira corajosa uma anemia hemolítica e chegou a ficar com cerca de 3 mil plaquetas no sangue.

Por um ano precisou tomar corticoides e chegou a ganhar o apelido de Fofão, por ter ficado muito inchada em decorrência do medicamento. Mas nada disso fazia com que Marina desanimasse ou perdesse as esperanças. A etapa foi vencida, mas batalhas não pararam por aí. Com 14 anos, Marina tirou a vesícula e com 16 anos o baço.

Mesmo durante as internações, Marina não perde a vaidade e o sorriso no rosto. – Foto: Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/NDMesmo durante as internações, Marina não perde a vaidade e o sorriso no rosto. – Foto: Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND

Foi também com 17 anos que recebeu a notícia de que precisaria ar por um novo procedimento cirúrgico no coração. Desta vez, a cirurgia era para tentar reparar os problemas ocasionados pela arritmia intra arterial aguda. O resultado também não foi o esperado e as complicações continuaram e junto com elas a esperança em dias melhores.

“Sempre encarei a vida de forma positiva, acredito que cada momento que eu o reclamando ou chorando é tempo que eu perco de viver e aproveitar cada segundo. Por isso, tento encarar tudo com racionalidade e curtindo ao máximo as oportunidades que aparecem”, pontua Marina.

Quando fez 24 anos, a jovem teve pedras próximo a região do intestino e teve complicações na cirurgia o que resultou em uma perfuração no intestino e gerou um derrame pleural que precisou ser drenado. Além disso, Marina também precisou fazer três cardioversões, ou seja, choques de ressuscitação.

A espera pelo transplante 532g2f

Após diversas complicações, os médicos de Marina entenderam que chegou o momento dela receber um novo coração. A chapecoense está entre os dez primeiros pacientes da fila de espera do transplante e se mudou para Campo Largo, no Paraná, porque o procedimento será realizado em Curitiba.

“Achamos melhor se mudar para cá porque ficamos perto do hospital. Quando eles me chamarem preciso estar rápido no hospital para garantir o transplante do órgão. Minha médica acredita que o transplante ocorra ainda este ano e estou confiante que sim”, conta.

Marina tem um prazo aproximado de dois anos para esperar o coração em casa, a partir desse período ela precisará ser internada para esperar o novo coração com o e clínico e medicamentoso. “Eu não posso fazer uma série de coisas, mas por enquanto ainda tenho qualidade de vida para esperar em casa. Conforme o tempo vai ando, se não ocorrer o transplante, terei que ser internada para continuar esperando com todo o e necessário”.

Marina curte todos os momentos ao lado do marido. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
1 2
Marina curte todos os momentos ao lado do marido. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
Viver é o que mais motiva Marina. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
2 2
Viver é o que mais motiva Marina. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND

A positividade de quem ama viver 62694d

A chapecoense é extremamente vaidosa e feliz. As adversidades da vida não a fizeram desanimar e ela realizou todos os sonhos propostos até agora. Se formou em Engenharia Civil, fez uma pós-graduação e está concluindo a segunda e há um ano se casou com o grande amor de sua vida.

Os dois se mudaram juntos para Campo Largo a espera do novo coração de Marina. “Ele é o meu parceiro e me apoia em tudo. Se mudou comigo e ou a trabalhar a distância para me apoiar em mais essa etapa. Temos a meta de voltar para Chapecó depois que o transplante ocorrer”.

Um novo olhar sobre a vida 5p6o2q

A engenheira conta que os problemas no coração a fizeram ver a vida por outro ponto de vista. “Quando a gente sente falta de algo aprende a dar valor. Saborear uma fruta, tomar um suco, tudo é diferente. Tive períodos que não podia comer nada, nem tomar água. O valor que eu dou para as pequenas coisas é diferente. Quando eu olho para a vida, digo que boa parte da humanidade não sabe como é bom viver”, observa.

Marina tem prazer em viver e aproveitar cada segundo ao lado do marido, da família e dos amigos. Tudo para ela se torna motivo para comemorar. “O tempo que eu perderia reclamando e chorando eu ganho sorrindo e fazendo outras pessoas sorrirem e se sentirem bem. Aprendi a amar a vida, as pequenas e simples coisas. Comer, sair, uma conversa, o fato de ter um companheiro para assistir um filme e estar juntos, se curtindo, vivendo. Isso vale muito a pena”.

Marina com a mãe momentos antes de casar. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
1 4
Marina com a mãe momentos antes de casar. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
Marina entrou no altar realizada ao lado do pai. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
2 4
Marina entrou no altar realizada ao lado do pai. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
O casamento ocorreu em 2021. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
3 4
O casamento ocorreu em 2021. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
Comemorando o casamento com as madrinhas. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND
4 4
Comemorando o casamento com as madrinhas. - Arquivo Pessoal/Marina Moreira Azambuja/ND

A certeza do recomeço 3x4s2z

Apesar das incertezas da vida, Marina tem plena certeza de sua recuperação e de uma nova vida com a chegada do novo coração. “Eu tenho medo do que estou ando, mas sou bem racional e realista. Sei de tudo que está acontecendo, mas acredito que isso é uma fase. Tenho muita convicção que eu vou conseguir e que daqui 2 anos eu vou voltar para Chapecó vivendo minha vida de novo.

Após o transplante do coração, a chapecoense terá realmente uma vida nova. Os acompanhamentos mensais com o médicos seguem por 2 anos. Após isso, por 5 anos ela terá que continuar tomando um medicamento por dia – diferente dos 22 que toma atualmente – e poderá ter uma vida normal e fazer tudo que por muitos anos foi impossibilitada.

Para o futuro, Marina sonha em construir sua casa com o marido, trabalhar na área de formação e com isso retribuir aos pais todo cuidado que eles sempre tiveram com ela, mas o maior de todos os objetivos segue sendo o mesmo: “Viver!”.

Participe do grupo e receba as principais notícias
de Chapecó e região na palma da sua mão.
Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.
+ Recomendados
+

Diversa+ 443821

Diversa+

Pós-verão: os tratamentos mais procurados para recuperar a pele durante o outono e o inverno 4jq6k

Após um período de exposição intensa ao sol, a pele tende a perder água, ficando ressecada e sem viç ...

Diversa+

Programa Empodera capacita mulheres em situação de vulnerabilidade em Santa Catarina 1a476o

Inscrições para o Programa Empodera, iniciativa da TXM Methods que promove autonomia financeira e so ...

Diversa+

Mensagem do Dia da Mulher: 30 frases inspiradoras para celebrar a data 1n64h

Celebre o Dia da Mulher com 30 frases inspiradoras! Homenageie as mulheres da sua vida com mensagens ...

Diversa+

Quer brilhar no Carnaval? Veja produtos para deixar sua pele radiante nos dias de folia 1i1d4t

No bloco, na praia ou numa vibe relax? Independente de como você vai curtir o carnaval, veja 3 produ ...

Diversa+

O que o filme ‘Babygirl’ diz sobre desejo, poder e a vida secreta das mulheres t602a

'Babygirl', estrelado por Nicole Kidman, tem chamado atenção não por ter um romance proibido como ro ...