Com 8 crianças na fila por UTIs em SC, emergência pediátrica de hospital segue fechada 6g1613

Serviço do Hospital Regional de São José, que atendia de 3 a 5 mil crianças por mês, foi fechado em fevereiro 2021 e pode reabrir neste ano 2u6348

A emergência pediátrica do Hospital Regional de São José permanece fechada há 16 meses, mesmo com a ocupação máxima de leitos de UTI na Grande Florianópolis. O serviço foi suspenso em fevereiro de 2021 para atender pacientes adultos com Covid-19.

Emergência Pediátrica do Hospital Regional de São José segue fechada há 16 meses – Foto: Maurício Vieira/SecomEmergência Pediátrica do Hospital Regional de São José segue fechada há 16 meses – Foto: Maurício Vieira/Secom

O serviço atendia de 3 a 5 mil crianças por cada mês e sua interrupção, que deveria ser temporária por causa da pandemia, sobrecarregou ainda mais outras emergências da região, segundo a Sociedade Catarinense de Pediatria.

Agora com o avanço dos problemas respiratórios em crianças, o Hospital Infantil Joana de Gusmão enfrenta uma sobrecarga na demanda e a unidade em São José poderia ajudar a desafogar os atendimentos.

Nesta quinta-feira (16) são oito crianças na fila por um leito de UTI no Estado. Os pacientes estão divididos nas regiões Sul (um),  no Vale do Rio Itajaí (dois), no Planalto Norte e Nordeste (um) e na Grande Oeste (dois).

Conforme a SES (Secretaria de Estado Saúde), a reabertura pediátrica depende da transferência da UTI adulta localizada na emergência para outra área.

Antes da pandemia o hospital contava com 12 leitos de UTI ativos, mas atualmente são 27 leitos de terapia intensiva adultos. “Após a transferência da UTI, será possível reabrir a emergência pediátrica onde funcionava antes da pandemia”, informou a pasta. A reabertura está prevista para o segundo semestre deste ano.

O Hospital Regional, porém, nunca teve leito de internação pediátrica, já que atendia apenas casos leves a moderados.

“Problema crônico de muitos anos” 645l43

Para a presidente da S (Sociedade Catarinense de Pediatria), Nilza Perin, a falta de leitos de UTI para crianças se arrasta há muito tempo.

“Não é um problema recente. É um problema crônico de muitos anos. Cada vez está pior. Nós achamos que existe um descaso com a saúde pediátrica e o que estamos vendo agora é o reflexo disso”, destaca.

Em São José, as crianças são atendidas atualmente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do município, a menos de 2 km do hospital.

“É uma situação grave, principalmente agora que aumentou o número de doenças respiratórias, mas eu gostaria de salientar que não é uma situação pontual. É uma situação previsível e nós já havíamos alertado as autoridades sobre isso”, completou a presidente da S.

Caso de bebê que morreu em hospital com UTI lotada é investigado 6y5ku

A morte da bebê de dois meses no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, continua repercutindo. A 10ª Promotoria de Justiça da Capital requereu informações sobre o caso à SES.

Maria Sofia morreu no sábado (11), no setor de emergência, após sofrer três paradas cardiorrespiratórias. A menina sofria de bronquiolite, que é uma infecção nos bronquíolos, ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos pulmões. Não havia leitos de UTI disponíveis no hospital na ocasião.

A SES, por sua vez, descartou a possibilidade de que a morte da recém-nascida tenha ocorrido pela falta de leitos de UTI na unidade.

Entidades se posicionam 341b1v

O  Conselho Superior das Entidades Médicas se reuniu no final de março para discutir a falta de de leitos de UTIs neonatais e pediátricas em Santa Catarina.

“O assunto é grave e precisa de atitude urgente. Nosso papel é insistir com os gestores para que medidas sejam tomadas”, declarou o presidente do Simesc (Sindicato dos Médicos do Estado Santa Catarina), Cyro Soncini.

Segundo ele, a aplicação de uma gratificação extra para os médicos destes setores seria uma maneira de em curto prazo contribuir para que as vagas sejam preenchidas, enquanto o concurso público não é viabilizado.

“A compra de leitos privados é outra alternativa que merece atenção”, acrescentou o conselheiro do CRM, Marcelo Lemos dos Reis.

A S (Sociedade Catarinense de Pediatria) também denunciou, no início deste mês, a falta de assistência da rede pública de saúde às crianças e adolescentes no Estado. Por meio de nota, a entidade destacou a superlotação dos pronto-atendimentos, o aumento de casos de doenças respiratórias e a carência no atendimento pediátrico.

Uma audiência na Alesc vai discutir a ocupação de leitos de UTI no Estado na próxima terça-feira (21).

Ampliação de leitos 5g5o11

A secretaria informou que desde o dia 25 de março o Hospital Florianópolis retomou o serviço de emergência pediátrica para ajudar no atendimento da região continental da Capital.

Houve a ampliação de leitos de internação no Hospital Infantil Joana de Gusmão com 17 novas vagas, sendo oito para cuidados intermediários pediátricos e um leito de UTI neonatal.

Nos meses de março a maio foram realizados 26.044 atendimentos no pronto-socorro, sendo 2.937 casos graves de urgência e emergência.

Nesta quinta-feira (16), a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva em Florianópolis é de 96%, com ocupação máxima de vagas pediátricas e 97,3% de leitos neonatal.

A SES afirma que iniciou há mais de um mês os trabalhos para a ampliação de serviços e abertura de leitos de UTI custeados pelo Estado. Até o momento, foram abertos 20 leitos infantis dos 82 previstos, entre pediátricos e neonatais.

Estado assina convênio para novos leitos 22692n

O governador Carlos Moisés (PSL) assinou, na tarde desta quarta-feira (15), o convênio no valor de R$ 12 milhões para a construção da nova torre do Hospital Azambuja, em Brusque.

Também foram reados R$ 5 milhões para abertura de dois novos leitos de UTI pediátrica e dez neonatais, que devem estar funcionando até o fim do mês.

Segundo a SES, serão instalados 20 leitos de UTI adulto, salas de centro cirúrgico e Central de Material Esterilizado. Além do investimento do governo estadual, o hospital terá uma contrapartida de cerca de R$ 2 milhões.

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