Diante do aumento do número de casos de gripe em cidades como Florianópolis, por exemplo, o portal ND+ busca responder uma pergunta: afinal, chá funciona contra a doença? Segundo o médico infectologista Amaury Mielle, não exatamente.
Afinal, chá funciona para a gripe? – Foto: Unsplash/Divulgação/ND
De acordo com Mielle, não há comprovação científica nem estudos bem elaborados que demonstrem qualquer eficácia dos chás no combate ao vírus, como no caso da gripe.
“Estamos lidando com uma condição infecciosa causada por um vírus, no caso o vírus da influenza. Quando discutimos medicamentos, estamos falando daqueles que podem, por exemplo, combater diretamente o vírus, inibindo sua replicação”, explica o médico.
Ainda segundo Mielle, dentro da medicina, ainda não há uma medicação eficaz para destruir o vírus da gripe, muito menos os chás.
“O que pode ocorrer, na verdade, é que o uso de uma infusão pode ajudar na hidratação do paciente, proporcionando conforto. Muitas vezes, a simples ação de beber um chá pode ter um efeito placebo, onde a crença na eficácia do tratamento contribui para o bem-estar do paciente”, finaliza.
Todo mundo está gripado na cidade? 3e2o60
Se você anda pelas ruas de Florianópolis neste fim de outubro e começo de novembro é comum notar diversas pessoas espirrando e com sintomas de gripe. Para entender se afinal, todos na cidade estão gripados, o portal ND+ buscou alguns dados da doença na cidade.
Casos de gripe em Florianópolis não param de subir – Foto: Freepik/Divulgação/NDDe acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) a cidade, ao lado de outras seis capitais brasileiras, apresenta aumento nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
Segundo o Boletim Infogripe, elaborado pela Fiocruz, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,7% para influenza A; 0,4% para influenza B; 8,3% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 58,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Já entre as mortes, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,1% para influenza A; 0% para influenza B; 0,5% para VSR; e 81,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
