Uma decisão do CFM (Conselho Federal de Medicina), publicada no Diário Oficial da União, proíbe os médicos brasileiros de prescreverem terapias com hormônios e anabolizantes para fins estéticos, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo a partir desta terça-feira (11) .

Segundo o requerimento feito por sociedades médicas, a mudança ocorre devido a falta de comprovação científica dos benefícios oferecidos por essas terapias.
De acordo com o CFM, os tratamentos são indicados somente em casos de “deficiência específica comprovada, de acordo com a existência de nexo causal entre a deficiência e o quadro clínico, ou de deficiências diagnosticadas cuja reposição mostra evidências de benefícios cientificamente comprovados”.
Estão vetados os seguintes procedimentos: 6i445e
– Uso de testosterona sem a devida comprovação diagnóstica de sua deficiência, com exceção de situações regulamentadas por resolução específica;
– Uso de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos com a finalidade estética;
– Uso de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos com a finalidade de melhora do desempenho esportivo, seja para atletas amadores ou profissionais;
– Prescrição de hormônios divulgados como “bioidênticos”, em formulação “nano” ou nomenclaturas de cunho comercial e sem a devida comprovação científica de superioridade clínica para a finalidade prevista nesta resolução;
– Prescrição de SARMS (Moduladores Seletivos do Receptor Androgênico), para qualquer indicação, por serem produtos com a comercialização e divulgação suspensa no Brasil.
– Realização de cursos, eventos e publicidade com o objetivo de estimular e fazendo apologia a possíveis benefícios de terapias androgênicas com finalidades estéticas, de ganho de massa muscular (hipertrofia) ou de melhora de performance esportiva.
A decisão, que a a vigorar nesta terça-feira, é assinada pelo presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, e pela Secretária-geral da entidade, Dilza Teresinha Ambrós Ribeiro.