Pela falta de cobertura vacinal, os casos de sarampo podem “estourar” nas Américas. Por isso a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), emitiu um alerta instigando os países das Américas a atualizarem seus planos de resposta para prevenir o restabelecimento da transmissão do vírus.
De acordo com o site da Opas, o risco de surtos de doenças evitáveis por vacinação na região está em seu ponto mais alto nos últimos 30 anos. As estimativas da Organização são que somente em 2021, mais de 1,7 milhões de crianças em 28 países e territórios das Américas não receberam sua primeira dose de vacina contra o sarampo no primeiro ano de vida.

Em 2021, a cobertura regional com a primeira dose da vacina que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba (conhecida como MMR ou tríplice viral) era de 85%. Apenas seis países alcançaram a cobertura ideal de 95% ou mais para sustentar a eliminação dessas doenças e dez países relataram menos de 80% de cobertura. Essa situação indica o alto risco que crianças não vacinadas correm de se infectar caso sejam expostas ao vírus.
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De acordo com o site do Instituto Butantan, embora 90% da população reconheça a importância das vacinas, segundo pesquisa do IBOPE Inteligência de agosto de 2020, três em cada dez crianças brasileiras não foram imunizadas contra doenças potencialmente fatais. O alerta, emitido em abril, é do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Desde 2015 ocorre uma queda da cobertura vacinal entre menores de 5 anos.
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As Américas foram declaradas livres de sarampo em 2016. Entretanto, com o vírus circulando em outras partes do mundo, os países da região relataram um aumento de casos importados entre 2017 e 2019, com os surtos mais significativos no Brasil – onde a circulação endêmica continuou – e na Venezuela.
Desde então, os casos confirmados diminuíram e em 2022, devido a medidas de distanciamento social por causa da pandemia da COVID-19. Assim, seis países da região relataram casos de sarampo importados: Argentina, Brasil, Canadá, Equador, Paraguai e Estados Unidos.
A OPAS também recomenda que pais, tutores ou cuidadores garantam que as crianças recebam duas doses de vacina contra sarampo, rubéola e caxumba para prevenir surtos e complicações graves. Entre elas estão a pneumonia, que pode levar à morte de bebês e crianças pequenas.
E em Santa Catarina? 171o2a
De acordo com a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), não há casos confirmados nem suspeitos de sarampo no Estado. A cobertura vacinal estadual de 2022 fechou em 94,02%.