DIU é o contraceptivo escolhido por 6 mil mulheres em Florianópolis; veja perfil das usuárias 1u714d

Cerca de 6.155 mulheres usam o DIU em Florianópolis; confira o relato de Andreia Rodrigues, que colocou o dispositivo pelo SUS em agosto deste ano 676u4p

Os diversos métodos contraceptivos são parte integrante da vida humana. Alguns são permanentes, como a laqueadura e a vasectomia, enquanto outros oferecem flexibilidade, como é o caso do DIU (Dispositivo Intrauterino), escolhido por 6.155 florianopolitanas. Os dados foram obtidos com exclusividade pelo ND+ via LAI (Lei de o à Informação).

DIUDIU de cobre é hoje o quarto método contraceptivo mais seguro, com uma taxa de falha de apenas 0,3% a 0,8%. – Foto: Leonardo Sousa/PMF/Divulgação/ND

Conforme o Ministério da Saúde, o DIU é o método contraceptivo mais seguro e eficaz, ficando atrás apenas das pílulas anticoncepcionais. Ele é uma escolha recomendada para aquelas que têm dificuldade em lembrar de tomar medicamentos diariamente ou para quem busca uma contracepção de longo prazo.

Além disso, o DIU tem uma durabilidade de 10 anos e disponibilizado gratuitamente na APS (Atenção Primária à Saúde) do SUS (Sistema Único de Saúde).

DIU na vida das mulheres 17475k

A professora Andreia Rodrigues, de 45 anos, relata que optou por colocar um DIU após o nascimento de sua última filha em junho deste ano, seguindo a recomendação de sua médica, que inseriu pelo SUS o DIU de Cobre.

Aos 28 anos, ela enfrentou uma eclâmpsia durante o parto de seu segundo filho e, agora, aos 45, ou por outra experiência semelhante.

Mãe de três filhos, ela ainda destaca que os médicos a consideram uma sobrevivente, visto que duas das três gestações que teve foram de alto risco.

Para quem não está familiarizado, a eclâmpsia é uma complicação da pré-eclâmpsia, que ocorre quando a pressão arterial excede 140/90 mmHg após a 20ª semana de gravidez e geralmente se resolve até 12 semanas após o parto.

Andreia, de 45 anos, e sua filha caçula, Laura Emanuella, de 3 meses – Foto: Arquivo pessoal/Andreia Rodrigues/Divulgação/NDAndreia, de 45 anos, e sua filha caçula, Laura Emanuella, de 3 meses – Foto: Arquivo pessoal/Andreia Rodrigues/Divulgação/ND

Devido às complicações decorrentes de sua gravidez, Andreia relata que sofreu danos cerebrais, resultando em leves problemas de memória.

Isso a colocou em risco de esquecer de tomar pílulas anticoncepcionais e arriscar engravidar novamente, algo que ela não pode mais fazer devido aos riscos de uma gravidez de alto risco que poderiam resultar em morte iminente.

“A colocação do DIU foi uma experiência tranquila, mas após sair do hospital, comecei a sentir desconforto”, afirma Andreia.

Ela começou a sentir dores semelhantes a cólicas ao urinar e, preocupada, entrou em contato com a equipe médica.

“Eles me asseguraram que era normal, pois o dispositivo estava se acomodando no meu corpo”, relembra.

Um mês após a inserção do DIU, Andreia relata que continua experimentando um desconforto considerável. No entanto, ela reconhece a importância de se proteger contra uma gravidez indesejada.

Apesar de sentir muitas dores, Andreia afirma que a médica informou que o DIU costuma ser confortável para a mulher. “Ela me disse ser comum algumas mulheres sentirem desconforto ao inserir o dispositivo e também durante o primeiro mês de uso”, relata.

DIU em Florianópolis 214b2p

O CS (Centro de Saúde) que mais realizou a colocação de DIU está localizado no bairro Saco Grande, na região Centro-Norte de Florianópolis, com um total de 488 inserções de DIU.

Enquanto isso, o menor número de inserções de DIU ocorreu no CS de Coqueiros, localizado na região Continental de Florianópolis, totalizando apenas seis procedimentos.

O CS (Centro de Saúde) que mais realizou a colocação está localizado no bairro Saco Grande – Foto: Preparação material inserção DIUO CS (Centro de Saúde) que mais realizou a colocação está localizado no bairro Saco Grande – Foto: Preparação material inserção DIU

Além disso, aproximadamente 4.853 mulheres brancas optaram pelo DIU, enquanto apenas três indígenas aderiram ao método. No total, 889 mulheres pardas e negras escolheram colocar o DIU.

Dá para engravidar usando o método? wv3n

A especialista destaca que existe um risco significativo de expulsão pelo corpo; é preciso atenção – Foto: Divulgação/Nappy/NDA especialista destaca que existe um risco significativo de expulsão pelo corpo; é preciso atenção – Foto: Divulgação/Nappy/ND

Várias amigas que deram à luz na mesma época que Andreia afirmaram que não optariam pelo DIU, pois não confiavam no procedimento.

“Elas já ouviram falar de casos em que mulheres engravidaram mesmo usando o método”, lembra Andreia.

No entanto, quando ela discutiu suas preocupações com a médica, a especialista enfatizou que a probabilidade de algo assim acontecer é muito baixa.

“A médica explicou que muitas pessoas que usam, não comparecem às consultas de acompanhamento para verificar se o dispositivo ainda está no lugar. Ou, às vezes, contraem alguma infecção e não seguem o tratamento adequado”, relata Andreia.

Em uma entrevista ao portal ND+, a ginecologista e obstetra Helena Gondin explicou que as pacientes geralmente têm algum preconceito em relação ao método, além disso, ela confirma o que a médica disse à Andreia.

Segundo Gondin, é crucial garantir que o DIU esteja exercendo seu efeito contraceptivo plenamente e que esteja posicionado corretamente.

A especialista destaca que existe um risco significativo de expulsão pelo corpo, muitas vezes ocorrendo após a primeira menstruação ou no primeiro mês.

“Por esse motivo, é altamente recomendável realizar uma reavaliação com exame físico ou ultrassom logo após a primeira menstruação ou entre 4 e 6 semanas após a inserção”, enfatizou.

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