As moradoras de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de SC, que buscam por um método contraceptivo alternativo terão mais uma opção disponível pela rede pública municipal de saúde a partir deste mês. O município ará a disponibilizar o implante hormonal subdérmico (Implanon) para uma fila de mulheres que já aguardam na lista.

O primeiro mutirão para colocação do implante acontece já neste mês de janeiro, no dia 28. Inicialmente, terão o ao método mulheres que estão na fila de espera para outros métodos e que se encaixem nos critérios para a colocação do implante.
“A Secretaria de Saúde está selecionando aquelas que se enquadram no perfil para o implante com base nos cadastros que temos”, explica a secretária de saúde, Leila Crocomo.
O implante é um pequeno bastão de plástico colocado sob a pele do braço não dominante da paciente, liberando progesterona na corrente sanguínea da mulher.
O hormônio é liberado durante três anos, impedindo a ovulação e dificultando a agem de espermatozoides para o útero.
Poderão fazer uso do implante as pacientes que receberam recomendação médica para o uso.
O método tem eficácia superior a 99% e durabilidade de três anos. Um implante substitui aproximadamente 1.095 pílulas anticoncepcionais e estará disponível gratuitamente para casos específicos.
Após consulta, que deve ser feita em alguma das Unidades Básicas de Saúde do município, um encaminhamento deve ser entregue ao Núcleo de Atenção à Mulher (NAM) para que a paciente entre na fila. O NAM fica na rua México, ao lado do nº 875, no bairro das Nações.
Para ser elegível ao implante, a equipe médica deve identificar a paciente em uma das categorias listadas pelo município. São elas:
- soropositivas para HIV;
- adolescentes;
- mulheres com três ou mais filhos;
- trombofilias;
- cardiopatias com contraindicações à gestação;
- estenose mitral grave;
- histórico de Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- infarto agudo do miocárdio ou trombose venosa profunda;
- puérperas de alto risco;
- histórico de pré-eclâmpsia grave ou precoce;
- Síndrome HELLP;
- obesidade grau 3;
- déficit cognitivo em idade fértil;
- distúrbios psiquiátricos;
- histórico de notificação no Conselho Tutelar por negligência do pré-natal ou com algum filho;
- mulheres na categoria 3 e 4 para outros métodos contraceptivos;
- histórico de cirurgia bariátrica disabsortiva;
- que tem contraindicação ou que não se adaptaram aos outros métodos não orais;
- sangramento aumentado, dismenorreia e endometriose não resolvidos com outros métodos/tratamentos, conforme indicação médica.