Sérgio Luiz Zen tem 50 anos e precisou ar 14 dias internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Imigrantes, em Brusque, no Vale do Itajaí. Durante este tempo, ele não pode receber visitas do filho, Felipe, de 16 anos, nem do cãozinho Scott, de 2 anos e 7 meses. O reencontro durou cerca de 30 minutos, e contribuiu para que Sérgio deixasse a UTI e fosse transferido para o quarto no dia seguinte.

Internado para tratamento de uma úlcera no estômago, a cada visita da esposa, Joseane Zen, Sérgio perguntava sobre o filho e o “cãopanheiro”, que mora com eles desde os dois meses de vida. As visitas na UTI do Hospital Imigrantes são permitidas somente para maiores de 18 anos, por isso apenas a esposa conseguiu entrar.
“Todos os hospitais deveriam permitir essas visitas. Foi uma alegria imensa e contagiante. Vi isso nos olhos do meu marido, com quem convivo há mais de 30 anos. Nas visitas ele enchia o olho de lágrima quando perguntava dos dois”, conta Joseane. “Às vezes, a gente acha que é só um cão, mas é um amor tão verdadeiro que com certeza muda muito. No dia seguinte, ele foi para o quarto e ficou bem melhor. Aquela saudade ou”, celebra.
A comerciante conta que os dias de internação foram difíceis, tanto para a família, em casa, quanto para Sérgio. “O atendimento no hospital é maravilhoso, todos são muito atenciosos, mas o Sérgio é muito ativo. Esse período para ele tem sido uma eternidade. Em casa sentimos muita falta, o Scott fica só pelos cantos e procura ele pela casa toda”, detalha.
“Quando o enfermeiro ligou que eu podia levar eles (o filho e o cão) na rampa de o, fiquei muito feliz. Cheguei em casa e chorei muito, assim como meu filho, que também chorou com a notícia. Foi muita emoção”, completa a esposa, que espera levá-los novamente, conforme o tempo que o marido permaneça internado.
Assista o reencontro:

Equipe autorizou visita 2z3r4m
Para que o reencontro deles fosse possível, a família recebeu autorização dos médicos Gabriel Schneider Alcade e Diego Pinheiro e contou com apoio de toda a equipe, em especial da fisioterapeuta Jimmy Lennon Santa Brígida Leão, da técnica de enfermagem Williane Maria das Chagas Silva e do enfermeiro Cleber Cavagnoli.
Foi Cleber que fez o contato por telefone com a esposa Joseane informando o horário da visita. “Visitas como esta, ainda mais para um paciente de UTI, demandam planejamento, olhar diferenciado para o paciente e a observação de coisas que são importantes para ele e que terão impacto positivo no tratamento. Com esse olhar, é possível fazer atividades com os pacientes de uma forma segura e correta. Ver a emoção do Sérgio quando encontrou o filho Felipe e o cão Scott, não tem preço que pague”, ressalta.
Para o enfermeiro, iniciativas como esta também são uma forma de tratamento e impactam em melhorias significativas no quadro de saúde de quem está internado. “Melhorar o estado psicológico auxilia muito na recuperação. O Sérgio estava bastante triste e depressivo e agora é outra pessoa depois da visita”, conclui.