Roxa é a cor do mês de abril. Isso se deve à conscientização sobre a adenomiose, alteração benigna do útero com a presença de endométrio (tecido). Na maioria dos casos, a doença acomete mulheres entre 40 e 50 anos, podendo também atingir, mesmo que raramente, mulheres mais jovens, o que pode dificultar a gravidez.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada dez mulheres no mundo sofre com adenomiose. No Brasil, um grande número de pacientes se submete à histerectomia (cirurgia de retirada do útero). Segundo números do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2021, houve mais de 11 mil procedimentos ambulatoriais e 3,7 mil em hospitais.
Doença é mais comum entre mulheres que já tiveram gestações anteriores – Foto: Pexels/ND
Segundo o médico ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli, muitas mulheres acabam confundindo a adenomiose com a endometriose. “A adenomiose é mais frequente em mulheres que já engravidaram e também naquelas submetidas à curetagem, miomectomia ou parto cesárea.
Em jovens, a adenomiose pode ocasionar diversos problemas como dificuldade de engravidar, perdas gestacionais e partos prematuros”, adverte o ginecologista.
Segundo ele, a endometriose acomete entre 10 e 15% das mulheres em idade reprodutiva, o que impacta frequentemente as pacientes que nunca engravidaram anteriormente podendo ocorrer, até mesmo, na adolescência.
Cólicas menstruais intensas, sensação de pressão e inchaço na parte inferior do abdome no período menstrual, sangramentos menstruais irregulares e, nos casos mais graves, hemorragias estão entre os sintomas mais comuns. A infertilidade pode ser também detectada em alguns casos. Diante dessas características, deve-se sempre buscar profissionais da ginecologia.
