
A médica intensivista da UTI Neonatal, Dra. Clarissa Alberton Haas Serpa, explica que os bebês prematuros são aqueles que nascem antes de 37 semanas de gestação. Quanto mais cedo, maior o risco de mortalidade e complicações. Já no pré-natal é possível evitar a prematuridade, “Situações como infecções, pressão alta, diabetes, gemelaridade são algumas das condições associadas com o parto prematuro. Os principais sinais de alerta ao trabalho de parto são perda líquida, contrações, sangramentos e dor abdominal ou lombar”, explica a intensivista.
O casal acompanhou o bebê diariamente sob olhar vigilante, buscando o melhor para o seu filho. Só voltavam para casa para dormir. “A gente acompanhou os exames que eram feitos, torcendo e se alegrando com cada o positivo que ele dava, se comovendo com os pais de outras crianças. Querendo ou não a gente estava lá todo mundo num grande grupo reunido, então a gente acaba se comovendo com a situação das outras crianças também”, explica Renato.

A UTI Neonatal é equipada e preparada para atender as necessidades de cada criança que por lá a. O objetivo é dar e ao bebê até que atinja a maturidade, bem como tratar as possíveis complicações. A intensivista explica que é muito comum precisarem de incubadora “para manter temperatura e umidade, assim como e ventilatório, nutricional, hemodinâmico, entre outros. Necessitam também de acompanhamento cardiológico, oftalmológico e muitas vezes neurológico. Além de toda equipe multidisciplinar (enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas) que participa dos tratamentos e garante estímulo e desenvolvimento dessas crianças”, diz Clarissa.
Apesar de todo esforço do HSC Blumenau em transformar a experiência mais aprazível aos pacientes, o clima é tenso e é preciso uma enorme rede de apoio. “Foram momentos cansativos, a gente se apoiou bastante, eu e minha esposa, porque era difícil voltar pra casa e deixar o nosso menino no hospital”, comenta Renato.
O pai conta que faziam tudo que era possível para ajudar na UTI: “aos pouquinhos a gente conseguiu ir evoluindo. A gente tentava ajudar com a alimentação dele lá mesmo, fazendo troca de fralda, com ele dentro da incubadora, então tudo que a gente pôde estar presente como pais a gente tentou fazer desde o início”. Com a alta, 34 dias depois da internação, Miguel pôde ir para casa com sua família. O casal explica que durante esse período foi importante readequar às necessidades do filho, gradualmente foram se adaptando à nova rotina do lar.

Essa participação dos pais é fundamental no cuidado do bebê prematuro. O Método Canguru é uma política de saúde que promove a presença da família, o contato pele a pele com o bebê mesmo quando ainda na UTI, e estimula o aleitamento materno. “Mesmo que o bebê ainda não mame ao seio, a mãe pode extrair seu leite e ofertar ao seu filho. Após a alta da UTI, o bebê prematuro continua necessitando de atenção especial, acompanhamento médico frequente e vigilância de seu desenvolvimento”, conclui a médica.
Conheça mais sobre a UTI Neonatal do Hospital Santa Catarina de Blumenau e siga nas redes sociais: Facebook | Instagram