
O cardeal estadunidense Robert Prevost foi eleito como novo papa na quinta-feira (8) e assumiu o nome de Leão XIV. O novo líder da Igreja Católica foi escolhido após dois dias de conclave. Durante seu papado, ele terá direito a receber um salário fixo.
Conforme a agência italiana Ansa, o salário do novo papa, oferecido pelo Vaticano, será de 2,5 mil euros, cerca de R$ 15,8 mil. O valor é o mesmo disponibilizado para o papa Francisco em 2013. Na ocasião, porém, ele recusou receber qualquer pagamento.
Francisco era membro da Companhia de Jesus e tinha feito voto de pobreza desde que entrou para a comunidade religiosa. Além disso, pouco antes de falecer, ele doou 200 mil euros (R$ 1,2 milhão) de sua conta pessoal, para detentos da prisão Casal del Marmo, em Roma.
“Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou algo assim, eu peço. Não tenho um salário, mas não me preocupo com isso, pois sei que serei alimentado de graça”, declarou Francisco no documentário “Amém: Perguntando ao Papa”, lançado em 2023.

As necessidades do papa, como alimentação, moradia, transporte e outros custos associados ao cargo, são pagas pela Igreja Católica. É prática comum, portanto, que os pontífices neguem receber o salário.
Desde 2001, Robert Prevost também assumiu voto de pobreza. Até o momento, porém, não se sabe se o novo papa vai seguir os os de Francisco e abdicar do salário.
Salário do novo papa: Francisco queria reduzir pagamentos ao alto clero 4x2d6n
Durante a pandemia, o Papa Francisco lutou para reduzir o salário dos clérigos do Vaticano, visto que a crise causada pela Covid-19 afetava os rendimentos da Igreja Católica.
Em 2021, ele determinou um corte de 10% no salário dos cardeais e reduziu os pagamentos no Vaticano para manter os funcionários empregados. A estimativa era de que os cardeais no Vaticano recebiam cerca de 4 a 5 mil por mês.

Em 2023, Francisco ordenou que os cardeais assem a pagar aluguel. Até então, aqueles que viviam em Roma e no Vaticano pagavam apenas taxas de serviço, como luz e água.
Em 2025, antes da hospitalização, o Papa Francisco determinou a criação de uma comissão no alto clero para incentivar doações à sede da Igreja Católica.