No mesmo dia em que apresentou um programa que classificou como diferente de tudo que foi feito nas gestões anteriores, o governador Carlos Moisés (sem partido) lançou mão da justificativa de que “final do ano é sempre essa correria” para explicar o pacotaço que desembarcou na Assembleia Legislativa.

Das 30 matérias, 23 são de origem do Executivo. Questionado pelo ND+ na entrevista coletiva antes do lançamento do Plano 1000, nesta terça-feira (14), Moisés afirmou que as propostas foram apresentadas “com responsabilidade”.
Governador Carlos Moisés responde jornalista Ian Sell, do ND+, sobre pacotaço – Vídeo: Reprodução/ND
Moisés avaliou a situação como normal. “Os projetos acabam acumulando. Final de ano é sempre essa correria”, disse. “A gente acredita que tudo foi feito com muita responsabilidade”, completou, citando estudos de impacto financeiro sobre as contas públicas.
Impacto orçamentário 1c3w4s
Conforme o blog mostrou, somente a reforma istrativa – com a criação de novas secretarias – vai custar mais de R$ 16,3 milhões por ano. Além disso, o amplo pacote de reajustes e bonificações vai impactar em quase R$ 1,4 bilhão por ano.
Pacotaço dos poderes
Além das matérias do Poder Executivo, também há o pacotaço dos poderes e órgãos. Somando os impactos orçamentários das matérias do Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Contas, serão R$ 63 milhões a mais de impacto por ano.