A pré-candidatura ao Senado pelo Estado de São Paulo do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil) tem dividido opiniões entre a sociedade. Moro é conhecido pelos seus posicionamentos sobre o combate à corrupção e aos “crimes de colarinho branco”.
O ex-juiz ganhou visibilidade nacional durante sua atuação na operação Lava-Jato, intervenção que denunciou irregularidades na Petrobras.
Em entrevista gravada para uma produção da NDTV Record TV sobre segurança pública, Moro conversou com a jornalista Vanessa da Rocha sobre o cenário eleitoral, a desistência de ser uma terceira via, e as pretensões políticas.
Sérgio Moro concedeu entrevista para a jornalista Vanessa da Rocha da NDTV – Vídeo: Reprodução/NDTV
Atualmente, como pré-candidato ao Senado, Moro afirma que seus princípios são os mesmos e que isso, segundo ele, não é “nova política ou velha política” mas sim, a política clássica que tem por dever combater a criminalidade.
“Nunca vou deixar de carregar os valores que sempre defendi, entre eles a integridade na política, uma política que serve para o bem comum”, declarou.
Polêmicas na mudança de domicílio para o Senado de São Paulo 5i3i57
O ex-ministro do governo Bolsonaro transferiu seu domicílio para as eleições ao Senado no Estado de São Paulo.
O processo de mudança de domicílio é legítimo e assegurado pelas normas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que garante ao eleitor e ao candidato a mudança perante comprovações cabíveis em lei.
No entanto, o fato de Moro residir no Paraná e se consolidar profissionalmente na região, gerou embate de partidos políticos que contestaram a autenticidade da mudança.
“É um direito de todo brasileiro, eu estabeleci minha base aqui e tenho projetos para São Paulo”, afirmou.
As dificuldades em estabelecer uma terceira via 3o1d6l
Ainda no cenário político, Moro explica sua decisão de renunciar a pré-candidatura à Presidência, segundo ele, as dificuldades em estabelecer uma terceira via ocorrem em um período de radicalização política, onde suas práticas não agradaram nenhum dos dois lados polarizados.
De acordo com Moro, essa ruptura da polarização é fundamental para um progresso de debates no país “A gente sempre vai ter divergência, mas precisamos nos aproximar e construir soluções conjuntas”, conclui.