Polícia Federal encontra nova ‘minuta de golpe’ em sala de Jair Bolsonaro 1a2i57

Documento foi encontrado nesta quinta-feira (8) na sala de Jair Bolsonaro no edifício do Partido Liberal, em Brasília; operação também mira apoiadores do ex-presidente 4nr3f

A Polícia Federal encontrou uma suposta “minuta de golpe” na sala do ex-presidente Jair Bolsonaro no edifício do Partido Liberal, em Brasília. O documento foi achado nesta quinta-feira (8), durante operação em que o ex-chefe do Executivo e diversos aliados foram alvos. A informação foi confirmada à reportagem do Portal R7 por fontes da corporação.

Jair Bolsonaro é alvo da OperaçãoBolsonaro foi um dos alvos da operação que a Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (8) em dez Estados – Foto: Alan Santos/PR/Divulgação/ND

No início do ano ado, a PF encontrou a primeira suposta “minuta de golpe” na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres. O documento buscava mudar o resultado da eleição e tinha como objetivo supostamente decretar estado de defesa no prédio do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A medida ocorreria após a eleição que foi realizada em 30 de outubro, da qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor. Pelo texto, o resultado do pleito seria desconsiderado, sob a suposta alegação de que teria ocorrido fraude na votação, segundos fontes consultadas pela reportagem.

O R7 buscou contato com Jair Bolsonaro, mas sem retorno, e o espaço segue aberto para manifestação. Ao Blog do Nolasco, o ex-chefe do Executivo falou sobre a operação e voltou a afirmar que se sente “perseguido”. Sem citar o nome de Moraes, ele disse que “um cara quer dar um jeito de justificar o que ele colocou na cabeça, que houve tentativa de golpe”.

As investigações da PF apontam que o grupo político de Bolsonaro planejava um golpe de Estado e monitorava diversas autoridades, como os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

“Os elementos informativos colhidos revelaram que Jair Bolsonaro recebeu uma minuta de decreto apresentado por Filipe Martins e Amauri Feres Saad para executar um golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e ao final decretava a prisão de diversas autoridades”, detalha a decisão que autorizou a operação desta quinta-feira (8), para apurar a participação de pessoas na tentativa de golpe e abolição do Estado democrático de Direito.

O “núcleo de inteligência paralela” seria formado por Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Marcelo Costa Camara e Mauro Cesar Barbosa Cid. A forma de atuação seria por coleta de dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões do então presidente na consumação do golpe.

O monitoramento incluía itinerário, deslocamento e localização de Moraes, entre 14 e 31 de dezembro de 2022, inclusive na véspera do Natal de 2022.

Operação mira aliados de Jair Bolsonaro 5o4u1i

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi um dos alvos da operação que a Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (8) em dez Estados para apurar a participação de pessoas na suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do ex-chefe do Executivo no poder. Foi determinada a apreensão do aporte do ex-presidente e os agentes aplicaram outras medidas restritivas a ele.

Entre os alvos estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa).

A PF prendeu nesta quinta-feira (8) o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República Filipe Martins e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Marcelo Câmara.

Ao todo, os agentes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos aportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

Segundo a Polícia Federal, nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

A reportagem conta com informações do Portal R7.

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