O Instagram recebeu prazo de 48 horas para remover um vídeo que associa o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) à agressão física contra mulheres. A determinação foi dada pela ministra Cármen Lúcia, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na última segunda-feira (5).

Na postagem, Ciro aparece dançando uma marcha de carnaval cuja letra diz: “Vou começar a bater em mulher”. Segundo representação do PDT, a montagem é alusiva a uma suposta agressão sofrida pela ex-mulher do candidato, a atriz Patrícia Pillar, há mais de 20 anos.
“A referida fake news é sempre ressuscitada, de forma ardilosa e vil, em períodos eleitorais”, destacou o partido. A própria atriz já desmentiu a acusação em uma publicação nas suas redes sociais.
“Há 20 anos, Ciro Gomes, meu ex-marido, disse uma frase infeliz em entrevista e imediatamente me pediu desculpas, que foram aceitas já naquela época. A partir dessa entrevista, adversários sem caráter criaram uma mentira sórdida sobre uma agressão que NUNCA ACONTECEU. Quem insistir em disseminar essa fake news perversa, sofrerá as devidas medidas judiciais”, disse Patrícia Pillar na postagem.
https://www.instagram.com/p/Ch2w2RhJemg/
Além da remoção do conteúdo, a ministra também determinou que a Meta, empresa responsável pelo Instagram, informe todos os dados do perfil que fez a publicação.
Esta não é a primeira vez que opositores disseminam informações enganosas nas redes sociais com a finalidade de ofender a honra e a imagem de pré-candidatos à Presidência da República.
A ministra Maria Cláudia Bucchianeri, do TSE, ordenou que o Twitter remova em 24 horas diversas postagens que associam o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Suzana Von Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais em 2002.
Na postagem, o candidato aparece ao lado de uma mulher vestida de vermelho com o rosto de Richthofen inserido na montagem. A pessoa que aparece na foto é, na verdade, a ex-assessora parlamentar Patrícia Lélis.
De acordo com a ministra Bucchianeri, a publicação possui o “deliberado propósito de induzir o eleitor a erro e de desconstruir a imagem de determinada candidatura a partir de conteúdo indubitavelmente mentiroso”.
A determinação ordena ainda o fornecimento dos dados de o, registro e endereço de IP dos autores da imagem com o objetivo de identificar os responsáveis por compartilhar desinformação.
Outro exemplo de tentativa de desconstrução da imagem de presidenciáveis é a associação do candidato Lula à invasão de igrejas e à perseguição de cristãos, feita por diversos perfis no Twitter, Facebook e Instagram.
A ministra Cármen Lúcia determinou que as redes sociais removam as publicações em 48h e fixou multa de R$ 50 mil caso posts do tipo voltem a ser publicados.
Com informações da Agência Brasil