O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou com todas as letras ao Fórum Parlamentar Catarinense que “dinheiro tem” para seguir com a duplicação da BR-470 no Vale do Itajaí. A coordenadora do grupo de deputados federais e senadores, a deputada Angela Amim (PP), rebateu e disse que “falta gestão” para aplicação dos recursos.

Conversei com Angela Amim nesta sexta-feira (4) na Rádio Menina e a parlamentar afirmou que a bancada catarinense no Congresso vai trabalhar pela derrubada do corte do orçamento de R$ 43,2 milhões nas obras em rodovias federais de Santa Catarina.
E que a cobrança é para agilizar o ritmo dos trabalhos. “Eu já fui gestora e sei o que é. Se não tiver um olhar de quem comanda o ritmo vai mal. É igual uma empresa, que só vai bem com o olhar do patrão”, afirmou.
DNIT em Santa Catarina
A deputada me disse também que o ministro designou um secretário exclusivo para o acompanhamento das obras em Santa Catarina. A pergunta que fica é: então para que existe superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Estado?
Aliás, o superintendente Ronaldo Carioni Barbosa, que volta e meia concedia entrevistas em Blumenau e região, mas que ultimamente não se manifesta mais publicamente. O DNIT só tem se falado com a imprensa por nota oficial.

O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), ao lado do deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB), também fez um apelo ao ministro durante a reunião do fórum. “Não dá mais para esperar. Precisamos de mais celeridade, bem mais”, disse.
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas afirmou na reunião que fará uma cobrança intensa e permanente aos envolvidos para que o cronograma de entregas seja cumprido. “Vou chamar as empresas, se não for suficiente, vou punir as empresas, se não fosse suficiente vou substituir essa empresa porque assim tem que dar resposta porque dinheiro tem”, alegou.
De acordo com o Ministério de Infraestrutura, a BR-470 tem o maior número de obras com entregas previstas para os próximos dois meses. Serão seis quilômetros de duplicações em três lotes, mais de 54 quilômetros de trechos recuperados e restaurados em três trechos e a liberação dos viadutos de o às cidades de Gaspar e Indaial.
Mesmo assim, ainda é pouco, muito pouco. O Vale do Itajaí espera mais.