O STF (Supremo Tribunal Federal) deve retomar, nesta terça-feira (6), o julgamento de um recurso de defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que contesta a decisão da Corte de acolher a denúncia contra o parlamentar por suposta prática de corrução iva.
Segundo a denúncia, Lira teria aceitado, através de um assessor, a propina de R$ 106 mil oferecida pelo então presidente da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), Francisco Colombo. As informações são do R7.

Dinheiro da propina 2c2l3k
O dinheiro teria sido recebido no Aeroporto de Congonhas pelo assessor parlamentar Jaymerson José Gomes, que, segundo dizem os investigadores, foi enviado a São Paulo pelo deputado. Ao tentar ar pelo aparelho de raio x, o assessor foi abordado por agentes aeroportuários e detido pela Polícia Federal.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os valores apreendidos deveriam ser entregues a Lira, em troca de apoio político para manter Francisco Colombo no cargo de presidente da CBTU. Segundo a PGR, foi o deputado quem determinou que Jaymerson escondesse as notas de dinheiro na roupa (bolsas do paletó, cintura e dentro das meias).
Votação no STF 593z4y
Em outubro de 2019, o STF decidiu aceitar a denúncia contra Lira e abrir uma ação penal para aprofundar as investigações. O julgamento do recurso ficou parado desde 2020 por pedido de vista de Dias Toffoli. Na ocasião, o colegiado da 1ª Turma do Supremo já havia formado maioria para tornar Lira réu por corrupção iva.
Votaram pela confirmação do recebimento da denúncia os ministros Marco Aurélio Mello (aposentado), que era relator do caso, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, presidente da Corte.