
O senador Izalci Lucas (PL-DF) confirmou que houve um esquema de irregularidades no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na época do governo Jair Bolsonaro (PL). Durante um debate na CNN nesta semana, ele disse que a situação foi levada diretamente ao ex-presidente.
De acordo com Izalci, peritos do INSS procuraram seu gabinete e apresentaram suspeitas de um rombo bilionário nos cofres públicos, mais de R$ 70 bilhões, envolvendo aposentadorias, seguro-defeso e empréstimos consignados.
As suspeitas estão sendo investigadas pela Polícia Federal, pela CGU (Controladoria-Geral da União) e pela AGU (Advocacia-Geral da União), que calculam que os desvios podem ter chegado a R$ 6,3 bilhões.

O senador contou que, após receber essas denúncias, levou o caso até Bolsonaro. Como resposta, o ex-presidente publicou, em 2019, a Medida Provisória 871, que criou um programa para revisar benefícios com sinais de irregularidade. No entanto, apesar da medida, as investigações e correções não avançaram como esperado.
Senador do PL expõe Bolsonaro e PT pede investigação da PGR 365i
O PT (Partido dos Trabalhadores) entrou com um pedido na PGR (Procuradoria-Geral da República) para que sejam abertas investigações contra Jair Bolsonaro e o senador Izalci Lucas.
A solicitação foi feita nesta terça-feira (20) por parlamentares do partido, incluindo o deputado Alencar Santana (PT-SP), o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), e outros 22 deputados da legenda. O motivo do pedido é a suposta omissão dos dois políticos diante de suspeitas de fraudes no instituto.

O PT quer que a PGR investigue se Bolsonaro e Izalci cometeram prevaricação – crime em que autoridades deixam de agir mesmo sabendo de algo errado – além de outros possíveis crimes e atos de improbidade istrativa. O pedido também sugere juntar essa apuração a outro processo que envolve o ex-ministro Carlos Lupi.
Senador do PL expõe Bolsonaro em esquema do INSS: entenda a operação 6128s
A operação conjunta da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) foi iniciada em abril e cumpriu 211 mandados judiciais em todo o país. Entre as ordens estavam buscas, apreensões, bloqueio de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária.
Segundo a PF, aposentados e pensionistas tiveram mensalidades associativas descontadas sem autorização diretamente de suas aposentadorias e pensões.