
O governo do presidente Javier Milei confirmou, na segunda-feira (26), a saída da Argentina da OMS (Organização Mundial da Saúde). O anúncio ocorreu durante a visita do secretário de saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., a Buenos Aires.
Com a decisão, Milei segue os os do presidente Donald Trump, que determinou a retirada dos Estados Unidos da OMS em janeiro, no primeiro dia de mandato na Casa Branca.
Trump acusa a agência de saúde pública das Nações Unidas de má-gestão na pandemia da covid-19 e de sofrer influência da China. Os Estados Unidos, um dos países fundadores, eram os maiores doadores da organização, responsáveis por cerca de 16% do orçamento.

O presidente Javier Milei já havia declarado o desejo de cortar laços com a OMS em fevereiro. Na ocasião, o porta-voz do governo argentino afirmou que o país “não permitirá que um organismo internacional interfira em nossa soberania”.
O que justifica a saída da Argentina da OMS, segundo o governo Milei? 2v61k
Em comunicado na segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou que a saída da Argentina da OMS integra o plano de “ar de um modelo sanitário centrado em reparar a enfermidade para um focado em cuidar da saúde com base em evidência científica”.

A pasta alega que as “receitas da OMS não funcionam, porque não estão baseadas em ciência, mas em interesses políticos e estruturas burocráticas que resistem a revisar seus próprios erros”.
A saída da Argentina da OMS foi motivada por divergências na gestão sanitária durante a pandemia. O argumento oficial do governo é o custo de integrar a organização, estimado em cerca de US$ 10 milhões por ano (aproximadamente R$ 56 milhões), segundo o jornal La Nación.

Entre as novas medidas anunciadas, está a revisão no protocolo de vacinação. O Ministério da Saúde determinou maior rigor nos processos de fabricação, aprovação e supervisão das vacinas.
O governo argentino ará a exigir estudos clínicos com grupo placebo para os imunizantes, sobretudo a vacina contra covid-19. O comunicado também destaca que “campanhas de vacinação seguras, como a do sarampo, com eficácia comprovada e consenso internacional” serão mantidas e fortalecidas.