A proposta da reforma tributária está prevista para ser votada nesta quinta-feira (6) na Câmara dos Deputados. O presidente da casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), colocou o assunto em discussão e tem feito uma força tarefa para votar nesta semana. Mas muitos parlamentares dividem opiniões e afirmam que o texto deixa lacunas.

Deputados Federais de Santa Catarina são a favor da reforma tributária, mas com o texto que tiveram conhecimento, divergem em vários pontos. Faltando poucas horas para o momento previsto para votar, a versão final da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), ainda não tinha chegado até os parlamentares, segundo alguns deles consultados pela reportagem.
O parecer ao texto foi lido na quarta-feira (5) pelo relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O presidente Arthur Lira, informou que o texto lido era preliminar e que o relator ia apresentar outra versão, incorporando acordos firmados com governadores e entidades que participaram das discussões.
A sessão para votar começou ainda pela manhã e mais de 90 deputados falaram sobre o assunto no Plenário da casa, inclusive alguns de Santa Catarina, como Gilson Marques (Novo-SC). Ele criticou os pontos abertos no texto, que ainda não foram definidos e devem ser votados em uma lei complementar.
Jorge Goetten (PL-SC) disse ao ND+ que os pedidos dos governadores, prefeitos e entidades que foram até Brasília durante a semana, estão sendo atendidos. Um deles é não ter perda na arrecadação, o que está previsto para ser feito por meio de rees de um fundo. “Se o texto atender os anseios dos governos, prefeitos, entidades, sou favor”, afirmou.
Sobre os pontos que serão definidos depois, por lei complementar, o deputado acredita que será feito o que foi acordado. “Tem vários fatos importantes que serão por lei complementar, tem 10 anos para implantar a reforma”, disse.
Já a colega de partido, Júlia Zanatta (PL-SC), é contra votar a proposta agora. “Poucas horas para votar, não temos o texto final. Essa reforma vai prejudicar a autonomia dos estados e municípios. Estados como Santa Catarina vão perder, como já perde. Mandamos dinheiro para Brasília e não recebemos”, afirmou.