Depois de mais de uma década de atraso o censo demográfico – Censo/2022 – conduzido pelo IBGE desde o ano ado e com encerramento previsto em 31 de janeiro deste ano está sob a mira dos prefeitos. Em Criciúma, no Sul de SC, uma reunião dos prefeitos decidiu criar linhas de enfrentamento da situação. A reação veio após a informação das perdas que os governos municipais terão com o retorno do Fundo de Participação dos Municípios.

Outra linha de reação é a campanha para que pessoas que não foram visitadas por recendeador liguem para o número 137 para ser incluído na contagem. Isso pode ser feita até o final do mês de janeiro.
Para o prefeito José Claudio Gonçalves, Neguinho, de Forquilhinha, presidente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera, existem três falhas graves cometidas pelo IBGE e Governo Federal. O primeiro e que o pessoal contratado não foi o suficiente treinado para fazer o censo. Outro aspecto é que faltou dinheiro para custear o trabalho e por fim questiona a metologia.
A vaga de recenceador deixou de ser atrativa pois além de ser contrato temporário de três a seis meses tem remuneração baixa. Quando uma unidade não é contada pelo renceador é lançada com uma média de três pessoas por unidade o que é índice muito baixo.
Os números estimados com o censo parcialmente concluído já foi enviado pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União que faz repercutir no valor do retorno de impostos no conhecido Fundo de Participação dos Municípios. A alteração do que for corrigido agora só terá efeito prático no retorno de impostos em 2024.
A primeira parcela do retorno do Fundo de Participação dos Municípios está sendo depositada nas contas das prefeituras nesta terça-feira (10), o que faz os prefeitos perceber o tamanho do prejuízo com o censo mal feito.