O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), surpreendeu ao mudar a postura e defender o presidente de seu partido, Leonardo Avalanche, na última quarta-feira (4). Avalanche foi envolvido em polêmica após a revelação de um suposto áudio em que menciona ter ligações com o PCC.

Durante evento com candidatos a vereador do PRTB, Marçal afirmou que Avalanche está sendo injustamente acusado. Segundo ele, o presidente do PRTB não tem qualquer envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
“Ele não tem nada a ver com o PCC, coitado. Ele está sendo despejado da casa dele. Se tivesse ligação com o PCC, acho que o PCC ia ajudar ele a pagar”, disse Marçal.
O candidato também negou que estivesse se afastando de Avalanche, como havia mencionado em entrevistas anteriores. Ele ressaltou que mantém um relacionamento cordial com o líder do partido.
“Estou numa agenda frenética. Ele é muito bem-vindo. Eu não nego absolutamente nada de conhecê-lo. Eu conheci agora na campanha eleitoral. É um cara que está sendo leal comigo e está tudo certo”, afirmou Pablo Marçal.

Suposto áudio ligava o líder do PRTB ao PCC; Pablo Marçal alega perseguição 4u3p65
A fala de Marçal contradiz suas declarações anteriores, especialmente a entrevista concedida na última segunda-feira (2). Ao programa Roda Viva, ele havia expressado intenção de se distanciar de Avalanche para evitar ‘maiores constrangimentos’.
“Eu resolvi me afastar, particularmente dele, e estou seguindo a minha campanha em paz, porque é constrangedor o tempo inteiro ter que responder essas questões”, disse o candidato na ocasião.

A mudança de postura de Pablo Marçal ocorreu em meio à repercussão de um áudio divulgado pela Folha de S.Paulo em agosto. Na mídia, Leonardo Avalanche supostamente itia manter vínculos com membros do PCC.
A gravação foi realizada em fevereiro deste ano, durante uma conversa entre Avalanche e Thiago Brunelo, filho de um dos fundadores do PRTB. Uma disputa interna pela liderança do partido, após intervenção decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) motivou a origem do áudio.