Um servidor público foi preso em Mafra, no Planalto Norte, durante a Operação Hora Extra, desencadeada pela Polícia Civil para apurar suspeitas de fraude em licitações, corrupção ativa e iva de agentes públicos e empresários, e peculato.

De acordo com o delegado Nelson Vidal, o servidor foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Na casa dele foram encontradas duas espingardas e diversas munições de vários calibres.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, residências de servidores e empresas. Cinco deles em Mafra e dois em Balneário Barra do Sul. O esquema investigado pela polícia consiste na contratação de uma empresa para o fornecimento de serviços de horas-máquina e execução de obras no interior de Mafra.
Segundo o delegado, a empresa foi a vencedora da licitação no valor de mais de R$ 2 milhões. Desse valor, aproximadamente R$ 1 milhão já teria sido liquidado e pago. As máquinas utilizavam horímetros secundários que marcavam horas de trabalho somente com a energia. Com isso, o resultado era de pagamentos realizados sem que as máquinas efetivamente fizessem o serviço.

Além dos mandados já cumpridos e da prisão, o delegado deve oficializar o pedido de medidas cautelares que ainda estão sendo analisadas. “As condutas são muito caracterizadas e é muito arriscado para o poder público manter esse tipo de conduta, que pode gerar grandes prejuízos aos cofres públicos”, ressalta.
Funcionários podem ser afastados de suas funções caso a Justiça acate os pedidos que devem ser protocolados ainda nesta quinta-feira (12).