Milhões de brasileiros honestos que lutam pela sobrevivência, trabalhando seis dias por semana durante 26 dias por mês.
Servidores públicos em geral batalham cinco dias por semana (sem expediente no sábado), 20 dias por mês e folgas durante os decretos de ponto facultativo.
Já os senadores formam uma casta privilegiada. A partir de março vão trabalhar apenas 3 dias por semana e, portanto, 9 dias por mês em Brasília. Uma vergonha!
Decisão dos líderes, referendada pelo notório Rodrigo Pacheco, prevê folga na última semana do mês, quando ocorrerão apenas sessões remotas, aqueles em que senadores, assessores e técnicos podem participar pelo celular na praia, no sítio ou até num shopping center. Basta que tenham uma tapadeira ou um pequeno escritório. Uma infâmia!
Nas segundas e sextas-feiras, apenas sessões discursivas. Todos os 81 senadores estão dispensados da presença. Nem ponto será cobrado. Uma indecência!
Outra mordomia: as sessões de terças, quartas e quintas-feiras começam apenas às 14 horas, as votação só terão início a partir das 16 horas. Estão todos autorizados a viajarem de seus Estados na terça-feira pela manhã, como já ocorre hoje, ou até início da tarde.
Feitas as contas, os trabalhadores de salário mínimo recebem R$ 50,00 por dia de trabalho. Com os subsídios de R$ 41.600,00 em abril, os senadores terão direito a R$ 4.600,00 por dia de trabalho. Uma indignidade!
Quando da reeleição de Rodrigo Pacheco na presidência, o deputado federal Nikolas Ferreira, o mais votado no Brasil, disparou: “A vitória de Pacheco é uma vergonha para o Senado.”

Com este calendário, o Senado é uma vergonha.