A SAP/SC (Secretaria de Estado da istração Prisional e Socioeducativa) confirmou ao ND+ que há pelo menos um morador de Santa Catarina que permanece preso por conta dos atos de 8 de janeiro. A pasta não informou o nome do investigado. Em todo o Brasil, 66 pessoas seguem detidas.

A reportagem solicitou à pasta a situação de sete investigados que vivem no Estado e foram flagrados nas invasões. Além do preso, há quatro pessoas que estão com tornozeleira eletrônica, dois em liberdade e um continua detido, retornou a SAP. Dois já estão entre os 30 condenados por depredar as sedes dos Três Poderes.
Destruições nos atos de 8 de janeiro 5t3f1a
Na tarde daquele domingo, 8 de janeiro de 2023, manifestantes revoltados com o resultado das eleições presidenciais vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. As ações foram orquestradas em um acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, de acordo com o relatório produzido pelo interventor Ricardo Capelli.
Os manifestantes invadiram as sedes e destruíram obras de arte, mobiliário e a própria estrutura das Casas. Os danos ao Palácio do Planalto foram estimados no valor total de R$ 7,9 milhões. E os prejuízos causados à sede do Supremo Tribunal Federal atingiram o valor de R$ 5,9 milhões. Dentre as obras destruídas, está o Araguaia, o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, entre outros.
No dia do ato, nove comandantes da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) estavam de férias ou de licença. Também estava de recesso o então secretário de Segurança do DF, Anderson Torres – ele é investigado por suspeita de ter colaborado com o evento.
Os envolvidos começaram a ser julgados em setembro, quando o STF analisou quatro ações penais de réus envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. A primeira sentença foi proferida no dia 14 de setembro, quando o primeiro réu foi condenado a 17 anos de prisão.