‘Lula não sobe a rampa’: plano de golpe incluía cancelar eleição e substituir o TSE, revela PF 561k43

Frase sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi encontrada na sede do PL, em Brasília, em um manuscrito na mesa usada pelo coronel Flávio Peregrino, assessor de longa data de Braga Netto 2v2m53

A Polícia Federal apontou que o entorno do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo de Jair Bolsonaro (PL), preparou o que chamou de “operação 142” para anular a eleição, estender mandatos, trocar todos os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subisse a rampa do Palácio do Planalto para a cerimônia de posse.

Lula não sobe a rampa: frase foi encontrada na mesa usada pelo coronel Flávio Peregrino, assessor de Braga NettoPlano de golpe investigado pela PF terminava com ‘Lula não sobe a rampa’ – Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/ND

A organização do plano foi encontrada em um manuscrito na mesa usada na sede do PL em Brasília pelo coronel Flávio Peregrino, assessor de longa data de Braga Netto e homem da estrita confiança do general. O documento estava em uma pasta denominada “memórias importantes”.

As informações estão no relatório da PF, aberto nesta terça-feira (26) por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação aponta que Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” da tentativa de golpe de Estado após ter perdido a eleição de 2022.

A reportagem busca manifestação dos militares sobre o apontamento da PF. Quando houver, o texto será atualizado.

O nome da operação faz alusão ao artigo 142 da Constituição, que trata de emprego das Forças Armadas e ou a ser usado por bolsonaristas com uma interpretação distorcida para fomentar a ruptura institucional.

Plano terminava com ‘Lula não sobe a rampa’ 4z6y1x

O manuscrito registrou “interrupção do processo de transição”, “anulação das eleições”, “substituição de todo TSE” e “preparação de novas eleições”. Tinha, ainda, a anotação “Lula não sobe a rampa”.

“O documento demonstra que Braga Netto e seu entorno tinha clara intenção golpista, com o objetivo de subverter o Estado Democrático de Direito, utilizando uma interpretação anômala do art. 142 da CF, de forma a tentar legitimar o golpe de Estado”, diz relatório da PF aberto nesta terça-feira, 26.

Os investigadores apontam que o documento foi produzido entre novembro e dezembro de 2022. Portanto, após a eleição na qual Bolsonaro e Braga Netto, vice na chapa, saíram derrotados.

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