
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, voltou a falar em ter candidato a presidente nas Eleições de 2026 em um cenário sem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para o líder político, o tamanho do seu partido o obriga a trabalhar para ter candidatura própria.
“Não há grande partido que não queira ter o sonho, não há grande partido que se consolide, sem ter uma candidatura própria nas Eleições majoritárias”, justificou o ex-prefeito de São Paulo em evento de filiação do ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, nesta segunda-feira, em São Paulo. Na oportunidade, o PSD também filiou prefeitos, ex-prefeitos e influenciadores.
Até o momento, o partido tem dois presidenciáveis, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que se filiou no início do mês, após sair do PSDB.
O partido foi o que mais elegeu prefeito nas Eleições de 2024, ampliou sua bancada de governadores para quatro, trazendo além de Eduardo Leite, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, também ex-PSDB, e vem atraindo liderança de outras regiões.
Candidato a presidente 463f3x
Kassab afirmou que o partido não teve candidato a presidente em 2022, pois seu pré-candidato, Rodrigo Pacheco, decidiu que seria mais útil se candidatando ao Senado, e a sigla teria ficado sem tempo de conseguir outro nome viável, mas que agora o cenário é diferente.

“A posição do PSD é muito clara, nós vamos ter candidatura própria. Nós tínhamos um excelente candidato, Ratinho Júnior, que já está em campo, construindo plano de governo e conhecendo o Brasil inteiro, e agora vem se somar a ele o Eduardo Leite, que também é um grande quadro, também se colocando à disposição para ser candidato”, disse.
Apesar da ênfase na importância de um partido deste tamanho ter seu próprio candidato a presidente, Kassab não descarta a possibilidade de Tarcísio de Freitas se candidatar ao Palácio do Planalto, ainda que diga que seu foco é a reeleição em São Paulo.
“Todos sabem, também, que no mesmo campo político, nós temos o Tarcísio. Ele tem também suas preocupações, seu dever de lealdade junto ao presidente Bolsonaro, sabe a hora de se manifestar, de se posicionar. O PSD trabalha, no momento, ter candidato próprio e nós temos dois bons pré-candidatos”, defendeu.
Por questão de lealdade, acredita-se que Tarcísio espere um sinal verde do ex-presidente para se tornar candidato a presidente, mas isso não deve ocorrer neste ano. Inelegível e respondendo a processo de tentativa de golpe de estado, Bolsonaro mantém sua pré-candidatura.
Questionado se a demora de uma definição por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro poderia fazer alguns candidatos perderem o “timing”, Kassab minimizou, o chamou de grande líder da direita brasileira, e defendeu que deve ser respeitado seu direito de se declarar candidato a presidente no próximo ano.