O senador catarinense Jorge Seif (PL) levou nesta quarta-feira (13) uma série de bandeiras caras aos bolsonaristas para a sabatina de Flávio Dino e Paulo Gonet aos cargos de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e à chefia da PGR (Procuradoria-Geral da República), respectivamente. Dentre elas, o voto impresso.
Seif resgatou uma publicação feita por Dino ainda em agosto de 2009, na rede social X, na qual o atual ministro da Justiça e Segurança Pública afirma ser “importante haver alguma auditoria, que o voto impresso viabiliza, em somente dois por cento das urnas”.

“Existe uma mácula na sua história que foi a condenação de Jair Bolsonaro por ter falado mal de urna eletrônica. O ministro Flávio Dino criticou a urna eletrônica e hoje está aqui sendo sabatinado”, atacou o senador. “Isso é ditadura pura”.
Em sua resposta, Flávio Dino ressaltou que as declarações foram feitas há 15 anos atrás e não correspondem mais o que ele pensa. “A urna eletrônica não é mais a mesma. Houve uma série de inovações tecnologias, como biometrias”, enfatizou o ministro de Seguraça.
Jorge Seif se referiu à decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que tornou Bolsonaro inelegível por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação após o ex-presidente ter atacado o sistema eletrônico de votação.
As alegações foram feitas por Bolsonaro em reunião com embaixadores em julho do ano ado, no Palácio da Alvorada. O encontro foi transmitido pelos canais oficiais do presidente.

Amin focou em inquérito das fake news 4r684w
Mais cedo, o senador Esperidião Amin (PP) questionou Paulo Gonet sobre a posição do indicado a procurador-geral da República em relação ao inquérito das fake news, instaurado em 2019 pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal) e conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Amin pediu que Gonet se comprometa, caso se torne subprocurador, a retornar ao Senado em até 30 dias e dizer o que pensa sobre o processo. “Não vou tomar minha decisão de voto sem a tua resposta”, enfatizou Amin.
O subprocurador-geral da República, Paulo Gonet, se esquivou do compromisso. “Não vou assumir acordos como procurador-geral sem ter o meu nome aprovado pelo Senado”, rebateu Gonet.
“Seria desrespeito me manifestar sobre um assunto que não domina plenamente”, destacou. Anteriormente, o subprocurador-geral afirmou que não tem conhecimento sobre o procedimento.