Em Florianópolis para compromissos de campanha, o presidenciável João Amoêdo (Novo) afirmou nessa sexta-feira que a melhor maneira para gerar mais empregos é fortalecendo a liberdade econômica. Favorável às privatizações e reformas estruturantes, Amoêdo defendeu uma relação mais republicana com o Congresso Nacional.
“Está muito indefinido e a gente pode crescer bastante”, diz João Amoêdo em Santa Catarina
A estratégia para gerar empregos a pela abertura econômica. “No Brasil, é difícil abrir uma empresa. A nossa carga tributária é a mais complexa do mundo, a insegurança jurídica e a quantidade de licenças acabam desincentivando o empreendedorismo, empurrando o brasileiro para a informalidade”, lamentou. Hoje são 13,2 milhões de desempregados, além de 5 milhões que desistiram de procurar um trabalho, enquadrados na categoria “desalento”.

Entusiasta das privatizações, o presidenciável afirmou que “o Estado brasileiro deve atuar em áreas como Saúde, Educação e Segurança, e não ser gestor de empresas”. “A ideia de ser gestor de empresas é um mecanismo que só atende aos políticos, que acaba se tornando cabide de emprego, com péssimos resultados para a população”, acrescentou.
Nas áreas essenciais para o Estado, como a Saúde, o candidato propõe um melhor uso do dinheiro público, além de ferramentas da tecnologia. “Fica claro que a gente tem um problema de gestão e de uso de tecnologia. Nós já deveríamos ter telemedicina, prontuário eletrônico, marcação de exames por meio de SMS”, exemplificou. Amoêdo defendeu também o modelo de gestão por meio de Organizações Sociais.
Relação sem “toma-lá-dá-cá” com o Congresso Nacional 145n6k
Com as contas públicas “totalmente desequilibradas” e a necessidade de reformas, João Amoêdo pretende adotar transparência junto à população. “Alguns políticos acham que essas medidas são impopulares, quando impopular é o resultado”, afirmou. Se eleito, pretende fazer reuniões semanais no Congresso Nacional. “Minha proposta é, toda segunda-feira, ir lá, pessoalmente, expor todas as reformas que nós queremos fazer. A reforma da Previdência; a reforma tributária, para simplificar a carga de impostos; a reforma política, para que o cidadão tenha maior representatividade”, listou.
Sobre o relacionamento com os deputados federais e senadores, Amoêdo defendeu um balizamento “em cima de princípios e valores”. “Quem dá o tom da negociação com o Congresso é o presidente da República. Se o presidente faz um modelo onde ele traz ministros investigados, entra na mesma estrutura do toma-lá-dá-cá, de dividir ministérios e estatais, é obvio que a negociação fica dentro desse mesmo circuito. Agora, se ele vem com uma forma diferente, dá um tom diferente”, acrescentou.