A Defesa Civil de Santa Catarina se reuniu na manhã desta quarta-feira (4) com a comunidade indígena em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí. A discussão foi sobre investimentos e melhorias de reinvindicações antigas dos indígenas.

O encontro foi realizada na aldeia Coqueiros e reuniu o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Armando Schroeder, a Gerente de Preparação, Elna Fátima Pires de Oliveira, o cacique presidente, Setembrino Camlem, demais caciques das aldeias, pessoas da comunidade e equipe técnica do órgão.
A reunião teve como objetivo tratar as demandas da decisão judicial da Justiça Federal de 2003, na qual o governo estadual se compromete a realizar obras de compensação na área da terra Indígena Xokleng Laklãnõ, que serão posteriormente ressarcidas pelo governo federal.
O objetivo do encontro foi discutir sobre as obras com secretarias de cada aérea e as ações sociais de melhorias para famílias indígenas impactadas pela construção da Barragem de José Boiteux.
Investimento milionário 3c2324
O investimento milionário será destinados pelo governo do Estado para a construção de uma escola, instalação de energia, melhorias em estradas, igrejas, entre outros.
Todos os trâmites burocráticos sobre as obras foram discutidos durante a reunião. Futuramente, também será debatido sobre as questões da barragem.
Em entrevista para a NDTV, o cacique presidente destacou que as mudanças trarão benefícios para todos.
“Nós temos a expectativa de que a comunidade seja atendida, beneficiada na educação e na saúde. É o início de um trabalho que o governo do Estado está querendo ajustar junto com a comunidade indígena e é importante que essas obras aconteçam”.
O cumprimento da promessa feita há 20 anos é um dos temas trabalhados pelo governador Jorginho Mello (PL) junto com Armando, a fim de fazer a recuperação da Barragem de José Boiteux.
Serão investidos cerca de R$ 20 milhões para o início das obras previstas na Ação Pública de 2003, emitida pela Justiça Federal, da 1ª Vara Federal de Blumenau.
“Hoje, nós estamos aqui dentro de uma continuidade de ação, apresentando a previsão das obras e como elas serão executadas (…). Eu acredito que a gente só vai começar a fazer isso a partir do ano que vem, que é necessário uma licitação, com prazo razoável, e no final do ano que vem a gente já vai estar com essa parte concluída”, destacou Armando.