
Nesta semana, os auditores-fiscais realizam outra operação-padrão em cinco aeroportos do país como iniciativa da mobilização da greve da Receita Federal. A paralisação da categoria, que reivindica reajuste salarial, já ou de 180 dias.
A operação-padrão se caracteriza pelo rigor técnico excessivo e é utilizada como forma de protesto por parte dos auditores-fiscais. O movimento da greve da Receita Federal impactará a inspeção de bagagens, com aumento da quantidade de inspeções. Casos urgentes, como porte de itens hospitalares, não fazem parte da operação.
Assim, os ageiros que desembarcarem nos aeroportos de Guarulhos (SP), Porto Alegre (RS), Galeão (RJ), Confins (MG) e em Salvador (BA) podem sofrer com longas filas e atrasos. De acordo com o Sindifisco, as ações da greve da Receita Federal estão previstas nos seguintes dias:
- Guarulhos: terça-feira (03/06)
- Porto Alegre: terça-feira (03/06)
- Galeão: quarta-feira (04/06)
- Confins: quarta-feira (04/06)
- Salvador: sexta-feira (06/06)

Greve da Receita Federal pede reajuste salarial 7455c
A greve da Receita Federal, iniciada em novembro de 2024, reivindica a recomposição salarial devido à inflação acumulada desde 2016, quando ocorreu o último reajuste da categoria. Além da questão da base do salário, os grevistas reclamam de alterações feitas nos bônus de produtividade previstos para cargos específicos.
De acordo com a nota do sindicato, as entidades representativas foram recebidas pelo Ministério de Gestão e Inovação (MGI) cinco meses após o início da greve da Receita Federal. Após a apresentação da primeira proposta do governo, dirigentes do Sindifisco afirmaram se tratar de uma oferta aquém da expectativa dos auditores-fiscais.
Ainda assim, a proposta pelo fim da greve da Receita Federal foi levada à Assembleia Geral do Sindifisco. Na reunião da última segunda-feira (26), 95% dos participantes rejeitaram o acordo sugerido pelo governo federal.
“A primeira proposta apresentada pelo Ministério foi rejeitada por cerca de 95% da categoria, pois ela não contempla todos os Auditores-Fiscais e apresenta um reajuste sensivelmente inferior ao negociado com outras carreiras do serviço público”, afirma nota da entidade.

Além do prejuízo no fluxo de ageiros nos aeroportos, a greve da Receita Federal afeta o equilíbrio fiscal do país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a paralisação da categoria foi um dos motivos para a necessidade de contingenciamento bilionário no Orçamento.
Segundo o Sindifisco, a entidade comunicou a rejeição da proposta ao governo e aguarda nova reunião com a pasta. A reportagem tenta contato com a pasta desde a confirmação da recusa da proposta inicial, no dia 26 de maio.