O presidente da Fundação Catarinense de Cultura, professor Rafael Nogueira, deverá se reunir hoje com o governador Jorginho Mello para tratar da crise causada no último fim de semana, com o ato de demissão de todos os dirigentes do órgão estadual.
A primeira edição extra do Diário Oficial Eletrônico publicou a exoneração do presidente, de diretores e gerentes da Fundação Catarinense de Cultura. A notícia estourou como um verdadeiro tsunami entre os servidores da Fundação e em setores do PL, provocando novo ato e outra edição extra do Diário Oficial, tornando sem efeito a exoneração do presidente Rafael Nogueira, e nomeando para a assessoria do gabinete Sérgio Ricardo Fraga Costa, o Gibão, afilhado do governador. O que significa que os demais diretores e gerentes continuam demitidos.
No Centro istrativo informa-se que o governador estava desejando mudar alguns cargos na estrutura da Fundação. A gota d’água veio com a fixação de uma faixa com linguagem neutra. Com letras gigantescas anunciava: “Sejam Bem-vindes – V Transforma”, alusiva ao Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina V Transforma, realizado no Cine Gilberto Gerlach do CIC.
Faixa é apontada como um das causas da crise – Foto: Marcelo Siqueira/DivulgaçãoA faixa, colocada à revelia do presidente Nogueira, irritou muita gente dentro e fora do governo. Primeiro, porque a linguagem neutra está proibida em Santa Catarina pelo Decreto 1.329. Segundo, porque a Língua Portuguesa ainda não foi alterada. E terceiro, porque no dia 25 de novembro, Dia de Santa Catarina, a faixa lá continuava, causando indignação entre o público que aplaudiu o Concerto da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina – Ossca.
A deputada estadual Ana Campanholo (PL), que apoiou a indicação do professor Rafael Nogueira, foi informada pelo Centro istrativo que hoje o governador dará uma solução para essa crítica situação na Fundação.
Nos bastidores, circulou a versão de que as demissões teriam sido articuladas por Gibão, indicado pelo próprio governador para ao cargo, e que teria praticado atos que configurariam boicote ao presidente. Procurado, o celular de Gibão caiu na caixa.
Ouvido, o professor Rafael Nogueira disse que não fará declarações.
