O Talibã ordenou que uma série ‘decaptações’ de manequins femininos fossem feitas em lojas de roupas e órios no Afeganistão. A justificativa para a ação segundo o grupo é que os objetos são “ídolos” proibidos pelo Islã.

Lojistas da cidade de Herat têm sido instruídos a remover as cabeças dos manequins femininos nas lojas.
A milícia islâmica fundamentalista afirma que os manequins estão sendo adorados como ídolos e que o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, considera a idolatria um pecado imperdoável.
A ordem para remover as cabeças dos manequins foi dada pelo Ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício. Embora a ordem inicial exigisse que todo os manequins fossem removidos por completo dos estabelecimentos, um acordo foi feito para que apenas as cabeças fossem retiradas.
Apesar das várias sanções internacionais, o regime do Talibã , que voltou ao poder no ano ado após a retirada das tropas americanas do território afegão, continua a impor a sharia, interpretação das leis com viés religioso, aos seus cidadãos e execuções públicas por “crimes religiosos” voltaram a ser realizadas no país.
Talibã prometeu que direitos femininos não seriam perdidos 4a4u2q
A volta do Talibã ao poder no Afeganistão com a tomada de Cabul em 2021, sendo o golpe final de uma campanha militar fulminante, alterou o modo de vida do povo afegão, especialmente das mulheres.
Quando o grupo fundamentalista governou o país por cinco anos, entre 1996 e 2001, ficou proibida a educação e o trabalho femininos. Para sair de casa ou viajar, elas precisavam estar acompanhadas por um parente do sexo masculino. Aquelas que eram acusadas de adultério eram apedrejadas.
O Talibã voltou a aterrorizar mulheres e meninas com ameaças de casamentos forçados, sequestro de mulheres e violência em territórios conquistados.