
Após pedido de destaque em plenário pelo ministro Gilmar Mendes, a prisão do ex-presidente Fernando Collor pode se tornar irreversível. Mesmo com a interrupção do julgamento virtual, os demais ministros manifestaram intenção de voto. São pelo menos quatro votos pela manutenção da prisão de Collor.
Com isso, a defesa terá um desafio em convencer os magistrados durante o julgamento presencial, que ainda não tem data prevista. A decisão de Mendes em pedir vista pode permitir à defesa buscar novas estratégias para relaxar a prisão contra o ex-presidente.
Prisão de Fernando Collor é determinada pelo STF 2r3g61
A prisão de Fernando Collor foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. A decisão de detenção imediata foi expedida na noite de quinta-feira (24). O político foi preso na madrugada desta sexta-feira, no aeroporto de Alagoas.
A prisão do ex-presidente aconteceu quando ele se preparava para embarcar para Brasília. Segundo a defesa, ele se entregaria à Polícia Federal, na sede da instituição, em Brasília.
Fernando Collor foi condenado por corrupção iva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente deve cumprir oito anos e 10 meses de prisão em regime fechado. A decisão do STF seria por ter esgotado todas as possibilidades de recurso do político.
A condenação ocorreu por conta de um desdobramento da operação Lava-Jato, que identificou a influência de Collor na BR Distribuidora, para facilitar contratos com a empresa UTC Engenharia.

A troca seria apoio político fornecido pelos empresários Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos e Luís Pereira Duarte de Amorim. No acordo entre os grupos, o ex-presidente teria recebido R$ 20 milhões.
Os dois empresários também tiveram decisão judicial definida. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos cumprirá quatro anos e um mês em regime semiaberto. Já Luís Pereira Duarte de Amorim deve cumprir penas restritivas de direitos.