As propostas de entrega da Medalha Antonieta de Barros às deputadas Ana Campagnolo (estadual) e Caroline de Toni (federal), ambas do PL, apresentadas pela vereadora Maryanne Mattos, estão causando polêmica na Câmara de Florianópolis.

A presidente da Comissão de Educação, Carla Ayres (PT), já adiantou que vai apresentar “um parecer contrário às indicações, como forma de preservar a memória e o legado de um dos maiores ícones da história de Santa Catarina”.
A vereadora está propondo que a medalha seja entregue à grafiteira Monique Cavalcanti, a Gugie, e, postumamente, a Eulina Alves de Gouvêa Marcellino (1900-72), primeira vereadora de Florianópolis.
A medalha foi criada para reconhecer mulheres que tenham se destacado em vários setores e Maryanne destaca a liderança política das parlamentares.
“Nas últimas décadas, a honraria foi concedida a mulheres das mais variadas ideologias, da direita à extrema-esquerda, valorizando a pluralidade de ideias, crenças e opiniões que formam a nossa cidade”, afirma.
“Questionar os feitos de uma mulher, eleita democraticamente, é uma tentativa de cerceamento de liberdade, de calar a mulheres. Temos total liberdade para nos posicionarmos politicamente, seja à direita ou à esquerda, conservadoras ou não”, complementa.