
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu com críticas ao pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para abrir uma investigação contra ele. A apuração mira sua atuação nos Estados Unidos, onde ele teria agido contra autoridades brasileiras.
Segundo Eduardo Bolsonaro, o Brasil vive um “regime de exceção” e os processos judiciais se tornaram instrumentos de perseguição política. “É uma medida injusta e desesperada”, disse. “O Brasil vive um regime de exceção onde tudo no judiciário depende de quem seja o cliente”.
Ele também afirmou que ações como essa reforçam o discurso de que há abuso de poder no país.
“O processo no Brasil virou um meio de achaque. Um gângster faria igual, um mafioso faria igual. Eles estão deixando isso aí para todo mundo ver, e a cereja do bolo é que eles estão empurrando, pressionando o Trump para estabelecer as sanções”, afirmou.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, retirou o sigilo do pedido de investigação nesta segunda-feira (26). A decisão permite o o público aos documentos, mas o inquérito ainda não foi aberto oficialmente.
Eduardo Bolsonaro critica pedido da PGR: por que ele está na mira? 5a1931
A PGR quer investigar Eduardo Bolsonaro após uma denúncia feita pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara. No pedido, a PGR cita falas e postagens de Eduardo nas redes sociais e entrevistas à imprensa.
Segundo a PGR, as declarações representam uma tentativa de “intimidar” autoridades públicas em relação à ação penal no Supremo contra Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado.

Eduardo está fora do Brasil desde março, quando se mudou para os Estados Unidos e se afastou do mandato na Câmara. Mesmo de lá, tem usado suas redes e entrevistas para criticar o Judiciário, falando em “abusos” e decisões arbitrárias.