Uma oportunidade para o eleitor conhecer em profundidade o perfil dos candidatos ao governo do Estado e suas propostas para o cargo foi proporcionada pelo Grupo ND na tarde deste sábado (22), durante o debate entre Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT).

Mediado pelo jornalista Paulo Alceu, o debate foi de alto nível. Tanto Jorginho quanto Décio focaram em propostas e eventuais alternativas para problemas enfrentados no Estado.
Entre os pontos importantes, ficou firmado o compromisso de manutenção do Plano 1.000, que destina recursos públicos do Estado aos municípios, em proporcionalidade ao número de habitantes.
“Quero fazer um governo municipalista. Nós não vamos permitir interrupções de coisas boas. Vamos transformar o Plano 1.000 em política de Estado. Nós vamos ter um governo com o conceito municipalista”, disse Décio.
“Ninguém pode ser irresponsável de paralisar uma obra porque não foi ele que começou. O dinheiro público tem que ser respeitado, até porque ele está ficando cada vez mais escasso. Assumi o compromisso de manter o Plano 1.000”, afirmou Jorginho.
Outro ponto alto do debate foi o compromisso com o fim da fila de cirurgias eletivas, aquelas que têm data marcada.
“A saúde de Santa Catarina está doente. Quero resolver isso em no máximo seis meses. Têm pessoas que estão na fila há 2 anos e oito meses. E o governo tem dinheiro na conta. Quero fazer um grande mutirão, tem que chegar fazendo”, disse Jorginho.
“As cirurgias eletivas serão resolvidas no momento em que eu tomar posse, se necessário comprar serviços do sistema privado. Isso é consequência de acontecimentos. De 2019 para cá o governo federal cortou recursos que vinham para Santa Catarina em saúde”, disse Décio.
Caso eleitos, cada um dos candidatos também expressou o perfil dos ocupantes em cargos no primeiro escalão do governo.
“Vou governar com a sociedade. Minha equipe de governo não terá o fisiologismo da política, não terá orçamento secreto e relações repugnantes na política que temos que romper”, disse Décio.
“Quero fazer um governo com quadros técnicos, funcionário público capaz e quadros que venham a ser indicados pelas forças vivas de Santa Catarina. Tem que ter ficha limpa, ado de serviço prestado e tem que chegar fazendo”, disse Jorginho.
Além das questões locais, os candidatos também defenderam seus presidenciáveis. Jorginho Mello falou sobre a predileção de Jair Bolsonaro (PL) por Santa Catarina enquanto que Décio Lima comentou sobre o histórico de ações de Lula (PT) no Estado.
Em um momento mais acirrado, os debatedores comentaram sobre o chamado assédio eleitoral, que teria sido patrocinado por determinados empresários do Estado.
“Não podemos deixar que empresários maculem a democracia com os assédios eleitorais que estão acontecendo em vários empreendimentos de Santa Catarina e que envergonham o nosso Estado, inclusive somos páginas de jornais nacionais por acontecimentos desta natureza”, disse Décio.
“Essa história de assédio eleitoral, é o empresário se manifestando, ele tem direito de se manifestar. O adversário do presidente Bolsonaro começa a entender que vai perder a eleição, é legítimo esse esperneio”, afirmou Jorginho.
Outros dois pontos importantes do debate do Grupo ND foram a transmissão multiplataforma, pela NDTV para todo o Estado, pelo portal ND+ para todo o mundo e também pela NDFM, para a região de ville, o que proporcionou ampla possibilidade de o ao conteúdo.
Além disso, a participação de representantes de entidades organizadas como Fiesc, Facisc e Fecam.
No primeiro turno, Jorginho Mello (PL) fez 38,62% dos votos (1.575.912). Décio Lima (PT) fez 17,42% dos votos (710.859). Foram 3,73% votos nulos e 4,99% votos em branco.
De acordo com a pesquisa eleitoral contratada pela Record TV e realizada em Santa Catarina pelo instituto Real Time Big Data, Jorginho aparece com 69% dos votos válidos – descontados nulos e brancos – enquanto que Décio surge com 31%.
Foram ouvidos 1.000 eleitores catarinenses nesta terça-feira (18) e quarta-feira (19). A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SC-03207/2022.