Neste domingo (29), a cidade de Blumenau escolherá o próximo prefeito, podendo ser o atual, Mário Hildebrandt (Podemos), ou o candidato João Paulo Kleinübing (DEM).
De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Mapa, o atual prefeito e candidato à reeleição Mário Hildebrandt (Podemos) aparece com 58% das intenções de voto, com 31 pontos percentuais de vantagem sobre João Paulo Kleinübing (DEM), que tem 27% das intenções de voto.

O atual prefeito saiu na frente, com a confiança de 68.115 eleitores contra os 24.923 do ex-deputado, que também já comandou a cidade.
Hildebrandt chegou ao Executivo municipal em 2016, como vice de Napoleão Bernardes. Quando o cabeça de chapa renunciou para disputar o governo do Estado como vice do ex-deputado federal Mauro Mariani (MDB), ele ficou com o posto mais importante da cidade.
A relação com o atual adversário vem de bastante tempo. O primeiro cargo público de Hildebrandt foi em 2015, justamente como secretário de Assistência Social do governo de João Paulo Kleinübing.
O candidato do DEM, por sua vez, traz na bagagem o legado deixado pelo pai, Vilson Pedro Kleinübing, que esteve à frente da prefeitura de Blumenau entre 1989 e 1990. JPK, como é conhecido por muitos, se elegeu prefeito por dois mandatos consecutivos.
Ele comandou a cidade de 2005 a 2012. Dois anos depois, concorreu e conseguiu uma vaga na Câmara dos Deputados, com 132.349 votos. Em 2018 disputou o governo do Estado como vice de Gelson Merísio, mas não foi eleito.
Mário Hildebrandt 4v1b1d
Falando sobre a pandemia, que deixa 19,5 mil casos da Covid-19 em Blumenau, Hildebrandt afirma que agiu “com responsabilidade” até então, e que segue com um plano de retomada.
“Nós temos que entender que a pandemia não se reflete só em abre e fecha alguma coisa, e sim também em oferecer uma estrutura de atendimento para as pessoas. Diferente da primeira situação da pandemia, hoje nós temos uma estrutura pronta em Blumenau, nós temos leitos de UTI à disposição; antes nós tínhamos que arrumar esses leitos de UTI, hoje eles estão nos nossos hospitais. Eu não busquei hospital de campanha para atender essa demanda, eu investi nos hospitais de Blumenau, isso é um legado”, disse o candidato, em entrevista à NDTV.
Sobre o transporte coletivo, Hildebrandt afirma que já esta encaminhando decisões durante este mandato, e que vai integrar ainda mais as bicicletas com os carros no transporte coletivo.
“Isso vai ser o diferencial adiante, porque, por exemplo, com o novo Terminal Norte, nós teremos a população indo de bicicleta até o terminal, pegando o ônibus no terminal e indo para qualquer ponto da cidade; voltando no final do dia, ou no momento que quiser, para casa com o veículo. A mesma coisa: integrar os modais para que a gente possa diminuir o número de carros na rua e ao mesmo tempo, ampliando os corredores de ônibus, diminuindo o tempo de circulação do ônibus”, ressalta.
Sobre a agenda econômica, o membro do Podemos falam em “fortalecer os ecossistemas econômicos de negócios nos bairros, abrangendo serviços, comércio e empreendedorismo”.
“Através de formação, de capacitação, como nós já estamos fazendo hoje com o Entra 21, por exemplo, na Itoupava Seca e Vila Nova, nós vamos criar o distrito da inovação, através da junção desses dois bairros, ao redor do centro de inovação, fortalecendo essa economia nesse local”, disse o prefeito.
“Do mesmo jeito nós estamos fazendo na Vila Itoupava, transformando e fortalecendo e mantendo o agricultor no campo, e ao mesmo tempo transformando Vila Itoupava num distrito cada vez mais fomentado por turismo, preparando ele para ser um distrito receptivo turístico, atraindo as pessoas e os negócios para aquele local e buscando criar novos distritos e nichos importantes em cada um dos bairros, fortalecendo aquilo que o bairro tem de especial daquele local, trazendo a iniciativa privada para discutir conosco, criando em cada um dos locais o que a gente pode chamar de seu ‘ponto forte'”, acrescenta.
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Sobre a pandemia, o candidato do Democratas afirma que categoriza a questão sanitária como “fundamental”, e que não há como contar com a vacina a curto prazo.
“E é fundamental para o próximo ano, considerando que não se tenha ainda a vacina disponível para todos e até vendo o que está acontecendo hoje na Europa, da retomada dos casos, que a prefeitura monte um plano de testagem em massa e rastreamento de contatos, essa é a ação que mais deu resultado no mundo todo. Se você olhar para Coreia do Sul, para Nova Zelândia e para Alemanha – que talvez dos grandes países seja o que teve o melhor desempenho no combate a pandemia – teve o melhor desempenho com testagem em massa e rastreamento de contato. Não dá para repetir o que aconteceu esse ano no próximo, caso a gente tenha que tomar ainda algumas medidas”, afirma.
Falando sobre o transporte coletivo, afirma que o modelo de prestação não mudou, mas que ele pretende “mudar a forma com que o serviço é prestado”.
“Esse modelo que você tem uma empresa que faz a arrecadação e que presta o serviço que tem como única fonte de receita a renda do usuário e a tarifa paga todos os custos do sistema, que é o modelo dominante no brasil, esse modelo não serve mais, não consegue dar qualidade para o sistema. O nosso desafio para atrair o usuário é trazer qualidade para o sistema. Os corredores de ônibus foram fundamentais para trazer qualidade para o sistema, deixou o ônibus mais competitivo, ou tão competitivo quanto o carro na ligação Aterro-Fonte por exemplo, reduzindo bastante o tempo de viagem”, disse.
Sobre a agenda econômica, considerando os impactos pós-pandemia, o candidato deve considerar a criação de um “ambiente de negócios mais favorável”.
“É inviável que se leve mais de um ano para aprovar um alvará de construção na cidade de Blumenau como está acontecendo hoje. É por isso que nós vemos as empresas de Blumenau se instalando em Gaspar, em Indaial, em Pomerode, porque não conseguem dialogar com a prefeitura, não consegue ter na prefeitura um parceiro para o seu desenvolvimento”, afirma.