Desde o início da semana cresceu na Câmara dos Deputados um movimento para defender a soltura do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) como reação ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Brazão foi preso em 23 de março e terá sua soltura, ou não, votada em sessão às 10h desta quarta-feira (10) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania).

O deputado, que foi expulso do União Brasil, é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro.
Na época do crime, Brazão era vereador na capital fluminense.
Quem foi a favor da prisão de Chiquinho Brazão 11b1o
Em 26 de março, o relator do caso, deputado Darci de Matos (PSD-SC), leu seu parecer em que defende que a prisão de Chiquinho Brazão continue. O parlamentar concordou com o STF de que a prisão preventiva do deputado foi decretada por atos que atrapalhavam a justiça, os quais, segundo o Supremo, “continuavam a ser praticados ao longo do tempo”.
Entre as ações que configurariam obstrução da justiça, segundo o relator, estão o comprometimento de operações policiais que investigavam o caso, incluindo imagens de circuito fechado, que poderiam auxiliar a esclarecer os fatos.
Durante uma reunião por vídeo, o deputado Chiquinho Brazão se defendeu das acusações ligadas ao assassinato de Marielle Franco. Ele afirmou que os debates que teve com a vereadora não têm relação com o crime. Brazão disse que estava lutando pela aprovação de um projeto de lei sobre condomínios irregulares.

Depois que o parecer foi lido, um pedido de vista coletivo adiou a votação para esta semana.
O próximo o é a análise da prisão de Brazão pelo Plenário da Câmara, que começa nesta quarta-feira. A votação será aberta e nominal, onde a maioria absoluta (257 votos) decidirá o resultado final.