O período de campanha para as eleições 2022 começou oficialmente neste mês de agosto, e junto com ele também teve início as entrevistas e debates com aqueles que desejam ocupar uma cadeira no Palácio do Planalto.

No primeiro debate realizado no último domingo (28), além de propostas e promessas, os candidatos também aproveitaram para fazer alegações imprecisas e enganosas. Confira 4 alegações falsas que os candidatos à presidência fizeram.
O candidato pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, disse que o estado “tem a melhor educação pública do Brasil”. Mas segundo os resultados de 2019 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ceará aparece em 3° lugar no ranking das notas referentes aos anos iniciais do ensino fundamental (4° e 5° ano).

Candidato pelo PT (Partido dos Trabalhadores), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que durante o seu governo o investimento em educação foi quintuplicado. Os dados do Ministério da Educação mostram que, entre 2003 e 2010, o orçamento da pasta ou de R$ 17,4 bilhões para R$ 51 bilhões, valor que na verdade triplicou durante o período.

O presidente Jair Bolsonaro, que concorre à reeleição pelo PL (Partido Liberal), afirmou no debate do último domingo (28) que o número de pessoas na extrema pobreza caiu de 5,1 milhões em 2019 para 4 milhões em 2022. Na verdade esses dados são referentes às taxas de pessoas nessa situação.
Segundo o Dados Abertos da Matriz de Informações Sociais, em agosto de 2019 eram 39 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. Em junho de 2022, esse número saltou para 47,2 milhões.

O candidato também afirmou no debate que, durante seu mandato, o auxílio emergencial de R$ 400 foi negociado “contra o voto do PT na Câmara”. Aliás, o Partido dos Trabalhadores não foi contra o auxílio, mas sim contra a PEC dos precatórios, que tinha como uma das medidas o pagamento do auxílio emergencial.
O valor mínimo de R$ 400 a ser pago aos beneficiários do Auxílio Brasil foi estabelecido pela Medida Provisória 1076/21, que teve voto favorável do PT na Câmara.
