Câmara reage ao aumento do IOF e avança para barrar medida 4x1k37

Hugo Motta já havia alertado o governo de que as propostas não seriam bem recebidas pelos parlamentares. A resistência demonstrada na Câmara tende a se repetir no Senado

Hugo Motta se manifestou sobre o aumento do IOF: “clima não favorável” – Foto: Marina Ramos/ND

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quarta-feira (12) que os líderes partidários decidiram avançar com um projeto para barrar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) determinado pelo governo federal.

A proposta, apresentada em regime de urgência, é um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que busca suspender os efeitos do Decreto nº 12.499, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O clima na Câmara não é favorável ao aumento de impostos com objetivo apenas arrecadatório”, afirmou Hugo Motta em publicação nas redes sociais.

Receba as principais notícias e outros conteúdos como esse no seu WhatsApp! Participe do grupo do ND Mais.

Hugo Motta já havia alertado o governo de que as propostas não seriam bem recebidas pelos parlamentares. A resistência demonstrada na Câmara tende a se repetir no Senado. O presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre, também sinalizou que os senadores podem rejeitar o aumento do IOF.

Conteúdos em alta

Oposição também apresenta proposta contra o aumento do IOF 2s2c6z

Dep. Zucco (PL – RS) – Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O líder da Oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), protocolou o PDL nº 314/2025, com o mesmo objetivo: sustar o decreto do governo. Para ele, a medida é “inconstitucional e inoportuna”, e representa mais uma tentativa de elevar a carga tributária.

“O que não ou no primeiro decreto, o governo tenta agora pela porta dos fundos. É um desrespeito ao Parlamento e à sociedade”, disse Zucco. O deputado também apresentou um pedido de urgência para que o texto seja votado diretamente no plenário.

Nova MP também aumenta tributos sobre investimentos 76y1w

Além do aumento do IOF, o governo editou uma nova Medida Provisória que cria e amplia tributos sobre investimentos como LCI, LCA, CRI, CRA, fundos imobiliários, debêntures incentivadas e Fiagros. A alíquota mínima prevista é de 5%.

Zucco criticou duramente a medida: “É imposto em cima de imposto. Um ataque direto à renda da população e aos setores produtivos. Vamos derrubar essa MP”.