O jornalista Moacir Pereira comenta nesta sexta-feira (9) sobre o acirrado ime político que tem ocorrido em Santa Catarina entre a Acafe (Associação Catarinense das Fundações Educacionais) e a Ampesc (Associação de Mantenedores Particulares de Ensino de Santa Catarina).
Em destaque está o projeto Universidade Gratuita, uma promessa do governador Jorginho Mello durante sua campanha eleitoral. Porém, divergências sobre a divisão de recursos e a prioridade para o ensino médio têm levado a um ime na tramitação do projeto na Assembleia estadual.
Outra razão para o ime é a posição da deputada Luciane Carminatti, presidente do PT e da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, que defende prioridade para o ensino médio, além de outros deputados que apoiam uma ênfase na formação técnica profissional.
A elevação para 30% dos recursos destinados às particulares foi cogitada nos bastidores do legislativo, mas enfrenta contestações da Acafe e do Centro istrativo.
As notas de repúdio emitidas pelas duas associações marcaram o feriado no Estado. A Acafe critica as entidades privadas que tratam a educação como mercadoria, ressaltando a diferença entre as instituições comunitárias – onde os lucros são reinvestidos no ensino – e as particulares.
A Ampesc contestou o secretário de Estado da Educação, Aristides Cimadon, por suas entrevistas, alegando que o projeto é excludente e restritivo, deixando de fora mais de 300 mil estudantes e beneficiando apenas 46 dos 295 municípios catarinenses.
Esses sinais de contestação indicam que a análise desse projeto polêmico no legislativo continuará sendo muito controvertida e debatida.