Para quem desejava uma vitória de 10 a zero na votação do texto apreciado pelo Senado, o resultado foi de 7 a 3. A principal frustração está na perda de oportunidade para colocar o Brasil entre os modelos tributários mais avançados do mundo, tornando seus produtos mais competitivos.

Esta a primeira avaliação do professor Pablo Bittencourt, economista chefe da Fiesc, sobre a reforma tributária. O maior problema foi justamente a perda da oportunidade de transformar o atual manicômio fiscal num sistema mais racional e mais simplificado.
Pela leitura de especialistas, o texto do Senado melhorou alguns pontos, mas piorou outros.
Um dos consensos: os profissionais liberais e os serviços serão os mais onerados.
Os senadores Esperidião Amin(PP) e Jorge Seif(PL) votaram contra, porque suas emendas não foram acolhidas e porque a reforma vai aumentar a carga. A senadora Ivete Silveira deu voto “sim” e vem recebendo críticas nas redes sociais.
Amin defendeu duas mudanças consideradas vitais. A primeira, colocando uma trava de 25% no total da carga dos contribuintes. A segunda, simplificando o sistema para conter a judicialização.
Apurou que tramitam na Justiça hoje processos que totalizam mais de 6 trilhões de reais. Números sem paralelo no resto do mundo.
Tudo pela complexidade da legislação atual.