Após rede elétrica bombardeada, Ucrânia determina economia de energia: ‘nada funciona’ 35wt

Cerca de um terço das centrais elétricas ucranianas foram destruídas por bombardeios russos; serviço de metrô terá intervalos maiores 2f3c3r

A Ucrânia impôs, nesta quinta-feira (20), restrições ao consumo de energia para amenizar as consequências da destruição de um terço de suas centrais elétricas por bombardeios russos.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, exortou a população, empresas e negócios a “economizarem o máximo possível” no consumo em iluminação e publicidade. “Mesmo pequenas economias de cada família vão ajudar a estabilizar o sistema de energia do país”, afirmou, nas redes sociais.

Prédio parcialmente destruído em Kiev, após bombardeio em 17 de outubro de 2022 – Foto: Yasuyoshi CHIBA/AFPPrédio parcialmente destruído em Kiev, após bombardeio em 17 de outubro de 2022 – Foto: Yasuyoshi CHIBA/AFP

Na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv (nordeste), bombardeada há meses, a operadora do metrô anunciou que aumentaria os intervalos entre os trens para economizar eletricidade.

Segundo as autoridades ucranianas, 30% das usinas de energia do país foram destruídas por ataques de mísseis e drones das forças russas.

Após uma reunião com as empresas de energia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que estão preparando “todos os cenários possíveis para o inverno” e “trabalhando na criação de pontos móveis de fornecimento de energia para infraestrutura crítica”.

Para combater a contraofensiva ucraniana no sul e no leste, a Rússia lançou na semana ada uma campanha de bombardeio contra infraestruturas, usando em alguns casos, segundo Kiev e países ocidentais, drones fabricados pelo Irã.

Sanções por drones iranianos 91j5o

A Rússia e o Irã negam o uso dos drones, mas a UE (União Europeia) impôs nesta quinta (20) sanções a três generais iranianos e uma empresa acusada de fornecer essas armas. O Reino Unido aderiu a estas medidas.

“Esta é a nossa resposta clara ao regime iraniano, que fornece à Rússia drones usados para ass cidadãos ucranianos inocentes”, disse o primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala.

A Ucrânia comemorou a resposta “rápida” do bloco. Moscou, por outro lado, acusou os países ocidentais de quererem “pressionar” o Irã.

Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia e é aliado da Rússia, está aumentando seu papel no conflito, especialmente desde que anunciou na semana ada uma força conjunta com Moscou.

As autoridades ucranianas indicaram, por outro lado, que viam um risco “crescente” de que a Rússia abra outra frente a partir de Belarus. O país, que é aliado de Moscou, já servia de base para as tropas russas quando a invasão da Ucrânia começou, no final de fevereiro.

“Deportação em massa” 28613d

O presidente russo, Vladimir Putin, impôs na quarta-feira (19) a lei marcial nos quatro territórios ucranianos anexados pela Rússia: Donetsk e Lugansk (no leste) e Zaporizhzhia e Kherson (sul).

Assim, autoridades russas podem reforçar o poder dos militares nessas áreas, impor toques de recolher, limitar o deslocamento e proibir as concentrações públicas.

Em uma das áreas anexadas, Kherson, autoridades pró-Rússia ordenaram a evacuação da região diante da pressão da contraofensiva ucraniana.

Nesta quinta-feira (20), cerca de 15 mil pessoas foram evacuadas para a outra margem do rio Dnieper, que contorna a cidade de Kherson, capital da região de mesmo nome.

“Acredite em mim, tudo vai ficar bem. A região de Kherson está agora para sempre liberta do nazismo”, disse o oficial pró-Rússia, Kiril Stremeusov, no Telegram, garantindo que as regiões de Dnipro, Odessa e Mikolaiv seriam libertadas “em breve”.

No total, as autoridades de ocupação planejaram a evacuação de 60 mil civis em Kherson nos próximos dias.

Para Kiev, trata-se de uma “deportação em massa” que visa a mudar “a composição étnica do território ocupado”, nas palavras de Oleksiy Danilov, secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia.

Putin visitou um campo de treinamento para soldados mobilizados na região de Ryazan, a sudeste de Moscou, nesta quinta-feira, segundo imagens transmitidas pela televisão.

“Nada funciona” 3161a

A contraofensiva que permitiu à Ucrânia recuperar grandes porções de território no leste e no sul do país ganhou recentemente força em seu flanco sul.

Nas áreas retomadas por Kiev, os moradores iniciam as tarefas de reconstrução. Muitos ainda dependem de ajuda humanitária para sobreviver.

Além disso, “nada funciona”, lamenta Ivan Zakharchenko, um morador de 70 anos na fila para receber ajuda em Izium, recuperada há um mês.

O sofrimento causado pela guerra foi reconhecido pelo Parlamento Europeu, que na quarta-feira concedeu o Prêmio Sakharov de Liberdade de Pensamento deste ano “ao bravo povo da Ucrânia”.

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