Após ofensas, Câmara dos Deputados vai discutir regras de convivência entre parlamentares 525y2m

Troca de ofensas no Plenário da Casa fizeram com que o presidente Arthur Lira colocasse o assunto na pauta da reunião de líderes; propostas de relevância devem "andar" apenas depois do Carnaval 4c1t1o

Quase duas semanas depois do retorno do recesso e posse dos deputados federais, nenhuma proposta de relevância teve andamento no Congresso Nacional. A formação das comissões segue em negociação e a discussão da reforma tributária, pauta considerada prioritária, ainda não avançou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) informou que a reunião do Colégio de Líderes da próxima terça-feira (14) vai discutir regras de convivência entre os parlamentares, após uma semana de trocas de ofensas no Plenário da casa.

Lira afirmou que deputados que continuarem com ofensas “eleitoreiras” podem ser punidos – Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/NDLira afirmou que deputados que continuarem com ofensas “eleitoreiras” podem ser punidos – Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/ND

Muitos parlamentares acabaram de assumir o mandato e chegaram cheios de energia para expor suas ideias e opiniões. Coube a Lira tomar uma atitude para tentar, o que ele próprio chamou de estabelecer “boas práticas de oratória” para que o embate eleitoral seja encerrado.

“Foi deprimente o que nós vimos aqui ante o comportamento de parlamentares, de parte a parte, uns acusando, outros defendendo, e vice-versa”, disse o deputado.

Lira disse que os deputados poderão ser punidos. “A partir da eleição do próximo Conselho de Ética, independentemente de lado, sigla, ideologia, pensamento partidário, o deputado ou a deputada que se exceder no Plenário desta Casa responderá perante o Conselho de Ética”, disse.

Pautas relevantes só depois do Carnaval 1w2oe

Enquanto os embates ficam no campo das ofensas, a casa espera o feriado do Carnaval ar para encaminhar os trabalhos. A semana está praticamente parada.

“Historicamente, a pauta política costuma começar depois do Carnaval. E nesse ano, é muito possível que apenas em março tenhamos o devido andar dos trabalhos”, explicou o cientista político da Universidade de Brasília, Nauê Bernardo.

O especialista lembrou também de outro fator que tem causado a demora em formar as comissões da casa, que são os grupos responsáveis por discutir e aprovar assuntos específicos.

“No caso do Arthur Lira, sua reeleição envolveu uma mecânica muito complexa na formação de um único bloco. A formação dos blocos serve para que exista uma proporcionalidade na distribuição de cargos nas comissões e na mesa diretora. Como a maior parte dos partidos está envolvida nesse acordo, temos uma complexidade extra para que Lira consiga cumprir os acordos que ele fez para ter a votação que recebeu. Então, isso leva mais tempo”, afirmou o cientista político.

*Com informações da Câmara dos Deputados

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